João Campos defende gestão integrada no centro do Recife em sabatina no Siduscon-PE

Em sabatina promovida pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Pernambuco (Siduscon-PE), nesta terça-feira (27), o candidato a prefeito do Recife pelo PSB, o deputado federal João Campos, defendeu a reorganização da área central da cidade através de novos estímulos para sua ocupação e atrativos para investimentos.

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"Precisamos de um plano robusto para o bairro do Recife, que incentive a moradia e os investimentos naquela área. A gente não pode aceitar que a solução seja fazer nada, por isso anunciamos a criação de um escritório específico para gerir a região.", destacou Campos, citando nesse planejamento a integração com os bairros que compreendem a Ilha de Antônio Vaz (São José, Santo Antônio, Joana Bezerra e Cabanga). A ideia do escritório de otimização é criar um comitê de instâncias decisões com intuito de desburocratizar a liberação de licenças e outorgas necessárias para quem deseja empreender na região.

Durante a sabatina, o socialista ressaltou que o Brasil tem errado no conceito de adensamento ao longo dos anos, além de não ter uma política de habitação continuada para as habitações de interesse social. “As cidades sozinhas não conseguem resolver isso, precisamos de uma política nacional que ajude no financiamento do direito à moradia. Precisamos fazer isso juntos”, afirmou. No país há um déficit habitacional de 7,5 milhões de moradias - no Recife esse déficit alcança mais de 70 mil casas. Para o candidato a prefeito do Recife pela Frente Popular é preciso levar os serviços públicos e privados junto aos ambientes de moradia.

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Umas das questões mais pontuadas no “Ciclo de Debates com Candidatos à Prefeitura do Recife” do Sinduscon-PE foi com relação ao Plano Diretor - que atualmente encontra-se em fase de apreciação na Câmara Municipal do Recife, e deverá voltar a ser debatido após a eleição. Representantes de entidades como a Ademi-PE e Secovi-PE, fizeram um apelo para que o projeto possa ser melhor debatido com o setor. De acordo com eles, caso o Plano Diretor seja aprovado da forma como está, poderá inviabilizar a área de construção civil na cidade, impactando diretamente nossos setores relacionados. “Nós já estamos sofrendo as consequências no Plano Diretor de 2000. Há uma escassez de locais para a construção”, pontuou o presidente da Ademi-PE, Avelar Loureiro.

Sobre essa questão, repetida em alguns momentos da sabatina, João Campos afirmou que o Plano Diretor está nas mãos da esfera legislativa. No entanto, ao que caberia a competência da Prefeitura do Recife, o postulante assumiu o compromisso de dialogar com o setor da construção civil sobre a reformulação da Lei de Uso e Ocupação do Solo (LUOS/1996), caso eleito.

“Nós precisamos rediscutir essa lei através de muito diálogo e com o prefeito da cidade coordenando pessoalmente isso. Com uma nova discussão da Lei de Uso e Ocupação do Solo poderemos trazer uma segurança jurídica maior para a construção, já que muitos projetos sempre caem em análise especial”, declarou Campos. Ele, inclusive, reforçou que não caberia ao Executivo retirar o Plano Diretor. “Quem prometer que vai retirar e muda tudo, está mentindo”, disparou.

 O candidato a prefeito também falou sobre o "choque robusto na gestão" com a digitalização dos serviços da prefeitura. "Na Transformação Digital, vamos colocar todos os serviços da prefeitura num sistema único para otimizar. E o prefeito tem que estar junto para isso acontecer, eu vou estar", declarou. Uma das últimas perguntas feitas ao prefeiturável foi sobre o turismo no Recife, que tem perdido sua vocação para cidades e estados vizinhos.  

"O Recife aceitou a vocação de turismo de negócios. Mas a gente tem um potencial grande de retomada no turismo de lazer. A gente tem que fazer o dever de casa, de manutenção, de recuperação", declarou. Para potencializar o segmento, João Campos apresentou um plano para os 180 dias da nova gestão. "Primeira tarefa é compartilhar o turista que vai para Porto de Galinhas, para que passe dois ou três dias no Recife. Temos também que fazer uma aproximação com as grandes operadoras, reorganizar o calendário dos equipamentos e com os ambientes de entretenimento também", afirmou.