Faltando apenas seis dias para a votação, o então candidato a prefeito do Recife e deputado estadual, Marco Aurélio Meu Amigo (PRTB) pediu que a assessoria jurídica desse entrada no Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE), nesta segunda-feira (9), solicitando a retirada da sua candidatura ao cargo majoritário no Recife. A decisão foi tomada após o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ter declarado apoio à candidatura da Delegada Patrícia (Podemos) no último sábado (7), quando o deputado também decidiu abrir mão do pedido de votos para si, para pedir para a Delegada.
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Em nota oficial enviada à imprensa, Marco Aurélio, um postulantes que se auto intitulava como "candidato de Bolsonaro", justificou a retirada da candidatura afirmando que "quem é Bolsonaro de verdade não fica contra ele. O capitão pediu, o soldado obedece!". "Pedi para que nossa assessoria jurídica desse entrada oficialmente com o pedido de retirada de nossa candidatura ao cargo de prefeito da cidade do Recife", diz. Por integrar o mesmo partido, o deputado tinha o apoio do vice-presidente da República, Hamilton Mourão (PRTB).
O advogado eleitoral Emílio Duarte explicou que o processo de retirada de candidatura se dá quando o advogado peticiona o juiz para que seja dada a homologação da desistência. "O juiz chama ele (o candidato) para ir ao cartório assinar a desistência na zona responsável pelo registro de candidatura. O juiz homologa, e ele tem o prazo de até o dia 15 do mês que vem (dezembro) para prestar conta dessa parte do período que ele arrecadou dinheiro, onde gastou, a prestação de contas dos dias que ficou candidato".
Mesmo tendo dito ao Blog de Jamildo em fevereiro deste ano que, em um eventual segundo turno entre João Campos (PSB) e Marília Arraes (PT), votaria na petista, Marco Aurélio disse, em nota enviada nesta segunda, que se vê na "obrigação de evitar que o PT venha a governar essa cidade". À época, o deputado afirmou que "o problema de Marília Arraes é o PT. Mas votaria nela contra o PSB. Estaria com ela (Marília) já no dia seguinte ao primeiro turno".
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O deputado lembrou, ainda, dos feitos em prol do presidente na campanha eleitoral de 2018 e o uso da tribuna da Alepe para defender seu governo e posições. "Na política tenho duas vertentes: a lealdade e coerência. Não seria diferente agora. Estive com Bolsonaro, estou e estarei com ele em 2022 lutando por nossa pátria e pela família. Convoco os recifenses bolsonaristas de verdade a também se unir ao presidente e votar na Delegada Patrícia Domingos, e libertar nossa cidade da esquerda".
Até a publicação desta matéria, a situação da candidatura de Marco Aurélio continua deferida no DivulgaCand do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Quem é Bolsonaro de verdade não fica contra ele. O capitão pediu, o soldado obedece!
Diante da decisão do nosso presidente Jair Bolsonaro em apoiar a candidatura da delegada Patrícia Domingos (Podemos) na disputa pela Prefeitura do Recife, e na obrigação de evitar que o PT venha a governar essa cidade, pedi para que nossa assessoria jurídica desse entrada oficialmente com o pedido de retirada de nossa candidatura ao cargo de prefeito da cidade do Recife.
Vale lembrar que em 2018 segui o presidente Bolsonaro e votei nele para Presidente da República, e eleito deputado estadual tenho usado a tribuna da Assembleia Legislativa de Pernambuco para defender seu governo e suas posições.
Na política tenho duas vertentes: lealdade e coerência. Não seria diferente agora. Estive com Bolsonaro, estou e estarei com ele em 2022 lutando por nossa pátria e pela família.
Convoco os recifenses bolsonaristas de verdade a também se unir ao Presidente e votar na Delegada Patrícia Domingos e libertar nossa cidade da esquerda.
Marco Aurélio,Nota na íntegra
Deputado Estadual.