Em meio às acusações de que o PSB e, por consequência a Frente Popular do Recife, estariam disseminando informações falsas e desferindo ataques pessoais contra a candidata a prefeita pelo PT, a deputada federal Marília Arraes, o deputado federal e também candidato a prefeito João Campos (PSB), utilizou suas redes sociais para rechaçar qualquer tipo de “ataque de baixo nível” contra seus adversários políticos.
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“Eu não autorizo, nem jamais autorizaria, qualquer tipo de ataque de baixo nível, com qualquer tipo de ofensa pessoal, contra quem quer que seja. Eu entrei na política para defender princípios e combater práticas condenáveis”, declarou Campos, nesta segunda-feira (23).
“Eu busco construir convergências e, diante de divergências, naturais na vida e na política, eu debato ideias e projetos, crítico desempenhos administrativos, discordo de visões sobre prioridades de uma gestão ou partido, mas isso é outro campo de embate”, completou.
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Ainda segundo João Campos, ele foi o primeiro candidato a lançar uma ação de combate à fake news, ainda no início do primeiro turno das eleições, o “Recife Não tá pra Fake” - um canal de comunicação, por WhatsApp, para receber denúncia por parte dos eleitores de notícias e informações falsas. “Fui o primeiro a pedir ao Ministério Público a apuração de denúncias sobre materiais apócrifos vistos no Recife. De minha parte, nunca irão surgir ataques pessoais, baixarias, acusações ou notícias falsas”, declarou em seu perfil oficial no Twitter.
O deputado federal também afirmou estar sendo vítima, neste segundo turno, de diversos ataques não contra ele, mas envolvendo membros de sua família. Vários áudios e vídeos adulterados estariam circulando com mentiras e difamações.
No debate da Rádio Jornal, nesta quinta-feira (29), Marília Arraes acusou João Campos de estar por trás dos lambe lambes apócrifos espalhados pela cidade com a imagem dela. Nos últimos dias, também sido distribuídos em diversos pontos do Recife, um panfleto afirmando que "quem é cristão de verdade" não vota na petista. Entre outras acusações, o material diz que ela teria tirado a Bíblia da Câmara do Recife.
Sem mencionar estes episódios diretamente, o candidato a prefeito do Recife pela Frente Popular, deixou claro que todo o material referente sua campanha é registrado no Tribunal Regional Eleitora (TRE)-PE. "Tudo absolutamente declarado. Eu fui o único deputado federal da eleição passada que tive minhas contas 100% aprovadas sem ressalvas. Porque tenho compromisso de fazer com transparência e com correção. Materiais apócrifos sem assinatura que tem na cidade, eu inclusive tive a iniciativa de pedir à Justiça Eleitoral que investigue quem colocou.", declarou o socialista em entrevista à Rádio CBN Recife, nesta segunda-feira.
Campos reforçou que tem feito campanha respeitando as pessoas e que sua postura tem sido apenas de rebater promessas que considera falsas e mentirosas. "Não admitimos nenhum ato ilícito na campanha. Não faço de tudo por um voto", cravou o candidato.
Sobre sua chegada ao segundo turno, com uma diferença acirrada de 29,17% dos votos contra 27,95 da candidata Marília Arraes, João Campos defendeu seus projetos apresentados até este momento e o apoio que afirma estar recebendo não só de seus aliados, mas das pessoas com quem tem conversado pelas ruas do Recife.
"Chego com o sentimento que temos acertado na caminhada. O acerto em poder falar a verdade para as pessoas, em ouvir sempre, poder ter compromisso daquilo que é fundamental. Por isso que a gente anunciou várias ações para a cidade, todas elas factíveis", afirmou João Campos.
Durante a entrevista na rádio, o socialista foi questionado a respeito de como se posiciona seu partido, já que há duas candidaturas em disputa sob o mesmo espectro político, a esquerda. "Nós somos um partido de centro-esquerda com capacidade de autocrítica. O PSB está fazendo, nesse momento, uma autorreforma, porque toda instituição precisa se modernizar, se atualizar. E isso só é possível quando se faz autocrítica", explicou.