Após aceno de Rodrigo Maia, deputado Luciano Bivar confirma pré-candidatura à presidência da Câmara dos Deputados

O deputado federal e presidente nacional do PSL, Luciano Bivar, formalizou seu nome para disputar a presidência da Câmara dos Deputados, nesta segunda-feira (7)
Mirella Araújo
Publicado em 07/12/2020 às 19:27
CACIQUE Presidente da nova legenda, Luciano Bivar insiste na tese da candidatura própria da sigla em 2022 Foto: AGÊNCIA CÂMARA


O deputado federal Luciano Bivar (PSL) confirmou que será candidato à presidência da Câmara dos Deputados e, a partir desta terça-feira (8), deverá iniciar o diálogo com os partidos para conquistar apoios em prol do seu nome. Segundo o parlamentar, existem dois blocos formais na disputa pela presidência. “Um bloco formal de apoio ao deputado Arthur Lira (PP-AL) e outro em apoio ao nosso nome, um bloco independente formado pelo PSL, PTB e PROS. Ainda tenho outras conversas marcadas para conseguir mais legendas para a nossa base visando a eleição do próximo ano”, declarou Bivar 

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O parlamentar foi citado, nesta segunda-feira (7), pelo atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), como um dos quadros que poderá receber seu apoio na eleição que ocorrerá em 1º de fevereiro de 2021. Em entrevista a GloboNews, Maia declarou que não está frustrado com a decisão do Supremo Tribunal Federal, em barrar a recondução das presidências da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. "De jeito nenhum (estou frustrado). Agora, os quatro ou cinco nomes que tenho para a sucessão trabalham com mais energia. É um grupo que representa uma Câmara contra a interferência de outro Poder. Precisamos de candidato que faça a Câmara livre de interferência", afirmou o democrata. 

“Maia já se manifestou que não decidirá isso sozinho, não terá preferências, mas nesse processo caberá aquele que aglutinar mais forças. E o que aglutina mais força é o nosso bloco”, defendeu Luciano Bivar, em entrevista ao JC.

Além de nomes como o deputado federal Baleia Rossi (MDB-SP), Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), Marcelo Ramos (PL-BA), e Marcos Pereira (Republicanos-SP), o presidente nacional do PSL também concorrerá com o deputado federal Arthur Lira (PP-AL), que tem sido colocado nos bastidores como o candidato do Palácio do Planalto. Sobre esta questão, Luciano Bivar afirma que não é candidato nem do governo e nem da oposição.

"Somos uma candidatura independente, uma candidatura em defesa do parlamento. Nós queremos formar Mesa que não tenha coloração, não tenha raça, nem ideologia, e se firme como poder independente, respeitando harmonia dos outros poderes", afirmou Bivar. 

Outro ponto colocado em questão é o seu relacionamento com o poder Executivo. O deputado federal preside a legenda que elegeu Jair Bolsonaro, em 2018. No entanto, eles romperam no ano passado, o que culminou na saída do presidente da República do partido. Para Bivar, o papel do presidente da Câmara dos Deputados tem que estar acima destas questões. “Ele tem que ser imparcial e respeitar as minorias da Casa e a todos que compõem a Câmara”, declarou o parlamentar.

Ainda em 2018, após se tornar um dos partidos com maior número de deputados federais eleitos (52, atrás apenas do PT com 56), o PSL chegou a pleitear a presidência da Câmara com Bivar como presidente. No entanto, o parlamentar pernambucano abriu mão do pleito e se tornou 2º vice-presidente da Mesa Diretora.

CONCORRÊNCIA

O governador Paulo Câmara recebeu, nesta segunda-feira (07), no Palácio do Campo das Princesas, o deputado federal Arthur Lira (PP-AL), candidato à presidência da Câmara Federal. Na ocasião, o parlamentar alagoano apresentou suas proposições como postulante na tentativa de conseguir apoios em torno do seu nome. O PSB deverá reunir sua bancada federal, nesta terça-feira (8), para iniciar o diálogo a respeito do tema e construir um consenso sobre quem deverá apoiar. 

O presidente do PP em Pernambuco, o deputado federal Eduardo da Fonte, participou do encontro, ressaltando a relevância do PSB nesse processo. "O PSB tem uma bancada federal muito importante, formadora de opinião no campo da esquerda, que é fundamental para a formação de um bloco grande. É o bloco que vai definir os espaços que os partidos terão na Mesa Diretora", declarou. 

Para o parlamentar progressista, é ideal que o candidato possa estabelecer "a harmonia entre os poderes para evitar uma desestabilidade do governo e do país", deixando claro que não há uma declaração oficial de que Arthur Lira seria o "candidato do presidente" como tem sido pontuado nos bastidores. 

Também participaram do encontro a vice-governadora Luciana Santos, o presidente da Assembleia Legislativa, Eriberto Medeiros, o chefe de Gabinete do Governador, Milton Coelho, o senador e presidente nacional do PP, Ciro Nogueira (PI), o deputado federal André Fufuca (MA-PP), os deputados federais pernambucanos, Danilo Cabral(PSB), Wolney Queiroz (PDT), Fernando Monteiro (PP), Bispo Ossésio (Republicanos), Renildo Calheiros (PcdoB), além do deputado estadual Claudiano Martins Filho (PP).

 

 

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