PF NAS RUAS

Lava Jato: PF investiga esquema de propina e lavagem de dinheiro em imóveis e obras de arte

A PF deflagrou a 79ª fase da operação na manhã desta terça-feira (12), com 11 mandados de busca e apreensão

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Marcelo Aprígio

Publicado em 12/01/2021 às 8:21 | Atualizado em 12/01/2021 às 8:44
Com os mandados, a PF deve apreender mais de 100 obras de arte dos investigados - NE10

A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta terça-feira (12), a 79ª fase da Operação Lava Jato. A ação mira suspeitos de pagamentos de propina na Petrobras Transpetro e operações de lavagem de dinheiro por meio de imóveis e obras de arte.

Ao todo, 11 mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos nesta fase da operação. Três deles no Rio de Janeiro, dois em Brasília, dois em São Luis, no Maranhão, dois em São Paulo e um em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro.

Segundo o portal G1, as ordens judiciais são cumpridas em endereços de Márcio Lobão e do ex-senador Edison Lobão Filho (MDB), filhos do ex-ministro de Minas e Energia Edison Lobão (MDB), que não é alvo da operação desta terça-feira. Márcio já havia sido preso em setembro de 2019 na 65ª fase da Lava-Jato. À época, os crimes investigados também estavam relacionados ao pagamento de propina à Transpetro, subsidiária da Petrobras; e à usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará.

De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), com os mandados, a PF deve apreender mais de 100 obras de arte dos investigados. “A apreensão não apenas permitirá que as obras sejam periciadas pelo corpo técnico da Polícia Federal, como garantirá a plena efetividade das penas de perdimento, reparação de danos e pagamento de sanções pecuniárias que eventualmente venha a ser impostas ao réu na ação penal em curso”, diz a força-tarefa da Lava-Jato no Paraná, que pediu os mandados à Justiça.

Avaliações preliminares realizadas pela PF sobre algumas obras de arte do investigado indicaram diferenças de mais de 500% entre os valores econômicos por declarados em seu imposto de renda e os valores de mercado. "O expediente ilícito de aquisição subfaturada pelo investigado de obras de arte, mediante a realização de pagamento por fora com valores em espécie, também foi confirmado por galeristas que espontaneamente procuraram o MPF no curso das apurações", afirma o MPF em outro trecho da nota.

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