Após um pedido de intervenção federal no Amazonas, proposto pelo deputado federal Delegado Pablo (PSL-AM), o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu nas redes sociais a retomada dos trabalhos no Congresso para discutir a situação do Estado e a questão das vacinas.
Segundo Maia, o Parlamento deveria se reunir para debater esses temas. "Está na hora de todas as forças se unirem para salvar vidas. É fundamental - como defendi em dezembro com outros parlamentares - que o Congresso retome suas atividades na semana que vem", afirmou Rodrigo Maia.
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O Amazonas vive um colapso de saúde pública com falta de oxigênio em razão da pandemia do novo coronavírus (covid-19). Por outro lado, ainda não há definição do governo federal sobre a vacinação, em coordenação com estados e municípios. Maia cobrou que todos se esforcem para salvar vidas com o retorno das atividades parlamentares.
"A falta de oxigênio em Manaus, o atraso na vacina, a falta de coordenação com Estados e municípios são resultados da agenda negacionista que muitas lideranças promovem", criticou Rodrigo Maia por meio de suas redes sociais.
O recesso parlamentar do fim do ano vai de 23 de dezembro a 1° de fevereiro, mas a Constituição traz a possibilidade de convocação extraordinária, pela maioria dos membros das duas Casas Legislativas em caso de urgência ou interesse público relevante.
Alguns parlamentares já abraçaram a deia de Maia, como o deputado federal pernambucano Tadeu Alencar (PSB) que também defende a volta do Congresso e assinou um requerimento do senador Alessandro Vieira para que Câmara dos Deputados e Senado Federal voltem a funcionar de forma emergencial para deliberar assunto relacionados à covid-19.
"O Brasil passa por um momento crítico e nós, como parlamentares, temos que dar um suporte ao povo brasileiro. Existem muitas pautas que precisam andar e o Congresso Nacional precisa fazer a sua parte", destacou Tadeu Alencar.
Entre os assuntos importantes a serem discutidos no Congresso Nacional em se confirmando o retorno das atividades, está a volta do auxílio emergencial, que parou de ser pago em dezembro. "O auxílio emergencial se mostrou fundamental para a população brasileira. Nós brigamos na Câmara para que ele existisse e para que fosse no valor de R$ 600 e não de R$ 200 como o presidente Bolsonaro queria. Não concordamos com a redução pela metade a partir de agosto e agora vamos trabalhar para que ele volte a ser pago ao povo brasileiro".
Amazonas
Nessa quinta-feira (14), o Amazonas registrou 3.816 novos casos de covid-19, sendo 2.516 apenas em Manaus. Foi o maior número de novos casos registrados no Estado e na capital amazonense desde março de 2020.
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O número de mortes subiu para 5.930, com mais 51 mortes causadas pela doença. Do total, 44 óbitos ocorreram nas últimas 24 horas e outros sete foram registrados em dias anteriores, mas confirmados agora. Além disso, foram 254 novas hospitalizações apenas na capital.
O Governo do Amazonas publicou, nessa quinta-feira (14), um decreto estadual que restringe, pelo período de dez dias, a circulação de pessoas em todos os municípios do Estado, das 19h às 6h. A medida visa frear o avanço da pandemia.