O novo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou nesta segunda-feira (1º) que irá dialogar com o Poder Executivo, mas que exigirá respeito aos compromissos assumidos e à independência do Legislativo. Em seu primeiro discurso no cargo, o parlamentar destacou a independência da Casa e prometeu que seguirá "livre e autônoma".
"Ao Poder Executivo, dedicaremos parte significativa de nossos vigores, fiscalizando, deliberando suas proposições, dialogando para construir o futuro da Nação. Porém, exigiremos respeito aos compromissos assumidos e à independência deste Poder Legislativo", disse em seu primeiro discurso logo após assumir o comando do Senado e do Congresso Nacional.
Eleito nesta tarde, a candidatura do parlamentar contou com apoio do agora ex-presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP), em uma articulação direta com o Palácio do Planalto. Conforme o Broadcast/Estadão revelou, o governo liberou um total de R$ 3 bilhões em verbas extras para deputados e senadores na esteira da negociação política. Além disso, o volume de emendas parlamentares pagar em janeiro foi recorde.
Pacheco também prometeu colaboração ao Poder Judiciário e ao Ministério Público e auxílio no tratamento dos temas legislativos e aperfeiçoamentos em leis para garantir um funcionamento ágil das Instituições. Mas disse, logo em seguida, que cobrará respeito à autonomia e à independência do Poder Legislativo, com base na harmonia que existe na Constituição Federal.
O novo presidente fez um agradecimento especial ao seu antecessor, Alcolumbre, durante o discurso. Afirmou que o parlamentar orgulha o Senado pela capacidade de articulação, pela sabedoria ao distinguir quando calar e quando agir. Ele também fez um aceno aos senadores da bancada de Minas Gerais, Estado que o elegeu para o cargo de senador.
Votações
Pacheco prometeu construir uma pauta em conjunto com líderes e plenário. Ressaltou que irá reunir semanalmente o colegiado de líderes, inclusive com participação de representante da bancada feminina. Segundo ele, o Senado começará já nesta quinta-feira, 25, a analisar medidas provisórias. Ele, no entanto, não especificou qual matéria será submetida ao crivo dos senadores.