O ministro do Turismo, Gilson Machado Neto, classificou a atuação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) com relação à vacinação contra a covid-19 no Brasil como "estratégica". A declaração do pernambucano foi feita na manhã desta quarta-feira (3), durante entrevista ao programa Passando a Limpo, da Rádio Jornal.
"Hoje, no mundo todo, tem menos vacina do que gente pra vacinar. O presidente Bolsonaro e os ministros Ernesto (Araújo, Relações Internacionais) e (Eduardo) Pazzuelo (Saúde) foram estratégicos, pois só começaram a divulgar e a agir com relação à vacina depois que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) a aprovou. Mas ele vinha, estrategicamente, negociando com os países, tanto é que assim que a Anvisa aprovou, chegou a vacina. Hoje os 27 estados do País e todas as cidades brasileiras já têm o imunizante", declarou Gilson Machado.
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As primeiras vacinas contra a covid-19 a terem seus usos emergenciais aprovadas pela Anvisa foram a Coronavac e da Universidade de Oxford, em 17 de janeiro. Até esta data, os imunizantes estavam no centro de uma disputa política entre Bolsonaro e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB). Em outubro de 2020, o Palácio do Planalto chegou afirmar que não compraria a Coronavac.
A demora do governo em negociar as vacinas, além das várias declarações do presidente que colocavam em dúvida a eficiência e segurança dos produtos renderam uma série de críticas ao governo federal. Agora, Gilson Machado diz crer que, até o fim do ano, toda a população brasileira deverá estar imunizada.
"Primeiro o pessoal da saúde e os idosos serão vacinados, depois vai chegar vacina pra todo mundo. No começo da pandemia você se lembra a dificuldade que era para a pessoa conseguir comprar EPIs, máscaras, álcool em gel (e hoje não temos esse problema). À medida que as fábricas começarem a fazer as vacinas (em larga escala), a quantidade de imunizantes vai aumentar rapidamente e nós vamos conseguir vacinar todo mundo. Eu não sou ministro da Saúde, mas eu espero que a gente tenha toda a população vacinada até o final do segundo semestre", disse o ministro.