Ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT) afirmou, nessa quinta-feira (4), à TV 247, que aceitou ser candidato a presidente da República em 2022d. Em meio a incertezas sobre o futuro político, o próprio ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu para que Haddad colocasse o "bloco na rua".
"Ele (Lula) me chamou para uma conversa no último sábado e disse que não temos mais tempo para esperar. Ele me pediu para colocar o bloco na rua e eu aceitei”, afirmou Haddad, que disputou com Jair Bolsonaro o segundo turno das eleições presidenciais de 2018 e saiu derrotado.
>> Haddad: "Se tem um vagabundo nesse País, é Bolsonaro. É um desequilibrado"
>> ''Golpe e traição não fazem parte do meu vocabulário'', diz Marília Arraes após desavença no PT
Mesmo assim, Haddad ainda apontou que abrirá mão da candidatura, caso Lula consiga reverter sua condenação. Os petistas esperam que o julgamento do caso do tríplex seja invalidado por suspeição do ex-juiz da Lava Jato Sergio Moro. O Supremo Tribunal Federal (STF) ainda vai julgar o tema. “Caso isso ocorra, ele terá o apoio de todos nós”, afirmou Haddad.
Inclusive, até o fim de 2020 Haddad seguia fazendo publicações sugerindo a candidatura de Lula à Presidência da República nas eleições de 2022. "Depois de tanta infâmia, tanta violência, tanta mentira, os caminhos para o Brasil podem se reabrir: #LulaPresidente2022", publicou o professor.
Outro que espera uma reviravolta no caso Lula para decidir se será candidato a presidente é o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB). Também à TV 247, ele disse que "no dia em que forem devolvidos os direitos do ex-presidente Lula", ele retira seu nome da sucessão presidencial em nome da unidade democrática.
STF
Lula vem lutando juridicamente para reverter sua condenação. Na última segunda-feira (1º), o sigilo das conversas entre procuradores da Lava Jato e Moro foram retirados pelo ministro do STF Ricardo Lewandowski dentro do processo movido pela defesa do ex-presidente.
O sigilo foi retirado depois que Lewandowski decidiu que a defesa de Lula poderia ter amplo acesso ao material apreendido na Operação Spoofing, que teve como alvo os hackers que conseguiram rastrear os celulares de autoridades de Brasília, entre elas o próprio Moro, que foi ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro.
Confira as conversas liberadas por Ricardo Lewandowski: