Futuro

''Não tenho pretensão de voltar ao Congresso'', diz Armando Monteiro sobre as eleições de 2022

Armando foi candidato ao governo de Pernambuco em 2014 e 2018 e já havia afirmado anteriormente que não pretende concorrer ao Palácio do Campo das Princesas em 2022

Cadastrado por

Renata Monteiro

Publicado em 09/02/2021 às 13:26 | Atualizado em 09/02/2021 às 13:26
Sem filiação partidária desde 2020, Armando garantiu que até o fim de fevereiro anunciará para qual sigla migrará - BRUNO CAMPOS/JC IMAGEM

Prestes a anunciar o destino partidário que deve seguir depois de deixar o PTB, o ex-senador Armando Monteiro Neto afirmou, nesta terça-feira (9), não ter pretensão de retornar ao Congresso Federal. Ex-ministro de Estado, Armando não descartou entrar na disputa por uma vaga na Câmara ou no Senado em 2022, mas disse que essa não seria, no momento, a sua prioridade. Além de ter sido senador, ele já cumpriu três mandatos como deputado federal.

"O meu projeto prioritário é contribuir com a formação de uma candidatura, de um conjunto de opções, mas sobretudo de um projeto que se expresse em uma candidatura forte em 2022, competitiva, que possa aglutinar, reunir essas forças de oposição aqui no Estado. Uma eventual candidatura minha a uma posição no Congresso é uma coisa que eu não tenho como objetivo maior agora. Eu já fui deputado federal por três mandatos, já fui senador, tenho 20 anos de vida parlamentar, eu não tenho a pretensão de voltar ao Congresso", cravou. Armando foi candidato ao governo de Pernambuco em 2014 e 2018 e já havia afirmado que não pretende concorrer ao Palácio do Campo das Princesas em 2022.

Filiado ao PTB desde 2003, o ex-senador deixou a legenda no ano passado, após desavenças com o presidente nacional da sigla, Roberto Jefferson, relacionadas às eleições municipais. Desde então, Armando tem conversado com lideranças de diversos partidos para decidir em qual deles se filiará. Presidentes de siglas como o DEM, Cidadania, Podemos, entre outras, já demonstraram interesse em recebê-lo, mas comenta-se nos bastidores que ele deve entrar no PSDB. De antemão, o ex-senador já afirmou que só entrará em um partido que não seja bolsonarista e que faça oposição ao PSB em Pernambuco.

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O ex-ministro de Dilma Rousseff (PT) não confirma nem nega sua entrada no PSDB, mas garante que a sua decisão definitiva será tomada até o fim deste mês de fevereiro. "Estou conversando com os meus companheiros, porque evidentemente isso não é um ato solitário, eu não estou indo sozinho. Estou ouvindo, conversando, mas a coisa está se encaminhando bem para a gente, até o final do mês, decidir e oficializar (a filiação)", cravou Armando, frisando que um número significativo de petebistas devem segui-lo na migração.

Em outras oportunidades, Armando, que no passado integrou as hostes tucanas, já falou sobre a proximidade que possui com vários quadros do partido, como o atual presidente nacional da sigla, Bruno Araújo, o governador de São Paulo, João Doria, e o senador Tasso Jereissati. Ao JC, Armando contou, ainda, ter muita simpatia pela prefeita de Caruaru, Raquel Lyra (PSDB), cotada para assumir a presidência estadual do partido em Pernambuco e potencial candidata a governadora.

"Hoje eu tenho muita simpatia pelo nome de Raquel Lyra. Eu acho que ela desponta nesse cenário muito bem", afirmou o ex-parlamentar, ao falar sobre possíveis nomes que podem representar o grupo das oposições ao PSB nas eleições de 2022 para o governo do Estado.

MARÍLIA

Questionado sobre os vários gestos de aproximação com o grupo de centro-direita que a deputada federal Marília Arraes (PT) tem feito nos últimos meses, Armando disse que vê com bons olhos os movimentos da petista, de quem é próximo.

"Eu vejo como um fato positivo essa disposição que ela (Marília) tem de dialogar sem preconceito, porque esses ranços ideológicos antigos a gente tem que quebrar. As pessoas têm que conversar de maneira desarmada, sem preconceito. Eu converso com Marília sempre. Conversei com ela há poucos dias e sempre a estimulo a ampliar esse diálogo, a conversar com todas as pessoas, com lideranças da sociedade, com o setor empresarial, fazer uma interlocução mais ampla. Ninguém perde fazendo isso", pontuou.

No segundo turno das eleições de 2020, várias lideranças da centro-direita declararam apoio a Marília na disputa pela Prefeitura do Recife. A desavença de Armando com Roberto Jefferson que culminou na saída do ex-senador do PTB foi, inclusive, por conta disso. Passado o período eleitoral, vários outros encontros entre a parlamentar e membros da oposição já ocorreram e foram amplamente divulgados pelos envolvidos.

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