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Prefeitos apontam ''sucessivos equívocos do governo federal'' como causa para a falta de vacinas no Brasil

Cidades como o Rio de Janeiro e Salvador, por exemplo, já anunciaram que a falta de doses tem dificultado o avanço da vacinação contra o coronavírus

Cadastrado por

Renata Monteiro

Publicado em 16/02/2021 às 17:24 | Atualizado em 16/02/2021 às 18:05
Mais de 400 mil doses das vacinas já foram aplicadas no Estado - DIEGO NIGRO/PCR

A Frente Nacional de Prefeitos (FNP) lançou uma nota nesta terça-feira (16) na qual responsabiliza o governo federal pela falta de vacinas no País e exige da União um cronograma de prazos e metas para a imunização da população. Cidades como o Rio de Janeiro e Salvador, por exemplo, já anunciaram que a falta de doses tem dificultado o avanço da vacinação contra o coronavírus

"Os sucessivos equívocos do governo federal na coordenação do enfrentamento à COVID-19, e também na condução do Plano Nacional de Imunizações, estão diretamente ligados à escassez e à falta de doses de vacinas em cidades de todo o país. Que o Brasil não soube lidar com a pandemia, não restam dúvidas, mas, prefeitas e prefeitos, que sempre solicitaram e incentivaram a organização nacional, agora exigem respostas", diz trecho do texto da entidade, que representa municípios acima de 80 mil habitantes e regiões metropolitanas.

Ainda segundo a FNP, é imprescindível que o Brasil organize as etapas de vacinação de cada grupo prioritário, lembrando que disso depende "a retomada da economia, a geração de emprego e renda da população".

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A Frente também critica o fato de que, na primeira quinzena de janeiro, procurou o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, para o acompanhamento das imunizações do País e no encontro ficou acertado que a cada 10 dias o auxiliar do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) se reuniria com a comissão de prefeitos para atualizá-los sobre a vacinação. Um novo encontro jamais ocorreu.

No comunicado a entidade rejeita também a atenção que o Palácio do Planalto tem dado a discussões da sua pauta de costumes e sobre a facilitação da aquisição de armas e munições. "Isso é um desrespeito com a história dos mais de 239 mil mortos e uma grave desconsideração com a população. Prefeitas e prefeitos reafirmam que a prioridade do país precisa ser, de forma inequívoca, a vacinação em massa", afirma a nota.

Em sua conta no Twitter, o presidente da FNP, Jonas Donizette (PSB), reforçou a reprovação à conduta dos representantes do governo federal. "O estabelecimento de um cronograma de prazos e metas é o mínimo que o Ministério da Saúde deve à população. Estamos há mais de 30 dias cobrando espaço para acompanhar os desdobramentos de uma imunização que ocorre sem diretrizes e integração nacional. (...) Parece brincadeira, mas não é: por aqui, as energias da presidência estão voltadas à construção de uma pauta de costumes e no afrouxamento das regras para aquisição de armas e munições", destacou o socialista.

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