O prefeito do Recife, João Campos (PSB), prometeu agir para que os vacinados com a 1ª dose de vacinas contra a covid-19 recebam a 2ª, dentro do prazo recomendado para cada imunizante. A declaração do prefeito vem um dia depois de o Instituto Butantan anunciar a suspensão do envase de doses da vacina CoronaVac após atraso na chegada de matéria-prima vinda da China.
"Como prefeito, vou agir sempre com muita responsabilidade para que os recifenses vacinados com a 1ª dose recebam a 2ª, dentro do prazo recomendado para cada imunizante. Todo esforço para a continuidade da produção deve ser empregado", comentou João Campos no Twitter.
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De acordo com o Butantan, o processo de envase foi suspenso há dez dias, mas, segundo o diretor do instituto, Dimas Covas, não haverá impacto no trâmite de entrega da CoronaVac. "A matéria-prima está pronta para o embarque na China, houve um problema burocrático. Não há anormalidade. Não há retenção de vacina da China. Não há nenhum ruído de comunicação entre o Brasil e a China, nem entre o Butantan e a Sinovac", afirmou Covas èm entrevista à GloboNews.
Ainda assim, para João Campos, o cenário é preocupante. "É preocupante o cenário que o País pode atravessar com a interrupção na produção da Coronavac por falta de insumos. É preciso assegurar a 2ª dose para milhões de pessoas elegíveis para a vacina. O Brasil não pode parar a imunização, a única forma de vencermos a pandemia", escreveu.
Butantan
Em nota, o Butantan informou que "todas as doses provenientes do IFA (Insumo Farmacêutico Ativo) recebido da China já foram envasadas". "Neste momento, cerca de 2,5 milhões de vacinas encontram-se em processo de inspeção de controle de qualidade - parte integrante do processo produtivo - para serem entregues na semana que vem ao Programa Nacional de Imunizações. Desde janeiro o Butantan já entregou 38,2 milhões de doses da vacina ao país."
O comunicado continua: "Com uma nova remessa de IFA, prevista para a próxima semana, será possível integralizar todas as 46 milhões de doses referentes ao primeiro contrato com o Ministério da Saúde até o dia 30 de abril".