Em entrevista ao programa Roda Viva, nesta segunda-feira (11), o líder do governo no Senado, o pernambucano Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) defendeu o uso da cloroquina e disse haver uma narrativa criada na CPI da Covid-19 contra o governo Bolsonaro. De acordo com o senador pernambucano, "estudos que dizem que a cloroquina não é eficaz têm sido alterados de tempos e tempos''. "Quantos morreram por ficar em casa? Fica em casa e só procura (atendimento) quando tiver falta de ar'', questionou FBC.
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Ao ser questionado se faria uso do medicamento caso fosse contaminado com o novo coronavírus, Fernando Bezerra Coelho disse que ouviria seu médico. "É importante ouvir o outro lado. Será que a cloroquina mata? Matou lá em Manaus, porque deram excessivamente a dose", declarou.
Ao ser confrontado sobre pesquisas médicas e as mortes registradas no País, para além de Manaus, por conta do uso do medicamento, FBC disse que a CPI instalada no Senado está se apropriando dessa narrativa porque não vai encontrar erros na condução do governo federal no enfretamento à covid.
"Hoje é a narrativa dos que fazem oposição ao governo no âmbito da CPI, já que não vão econtrar guarida em relação à campanha de vacinação, esforços do governo (federal) em apoio aos estados e municípios. A narrativa é do tratamento precoce e isolamento social (...) Quantos morreram por ficar em casa? Fica em casa e só procura quando tiver falta de ar. A gente não pode penalizar. Tudo foi feito com o objetivo de fazer o melhor. Eu queria só que fizesse uma reflexão. Pode ter tido erros, pode, mas nada intencionalmente. O resto tudo é política. Não se sustenta isso", afirmou.
O senador emendou que é preciso "ouvir quem pode falar sobre o tratamento precoce". "A cloroquina foi recomendada para os casos mais severos. Médicos renomados tomaram cloroquina".
MDB e Lula
Sobre o jogo político para 2022, FBC disse não acreditar num apoio do MDB, seu partido, a uma eventual candidatura do petista, embora o ex-presidente Lula já tenha ido a Brasília encontrar lideranças do MDB.
"Acho muito pouco provável apoio do MDB a Lula. É fato que (ele) tem boas relações com lideranças do partido, mas é fato que outras lideranças têm ligação com Bolsonaro. O que deverá prevalecer no MDB é liberação para as lideranças nos estados fazerem suas escolhas", previu.
FBC também foi perguntado sobre o inchaço na Codevasf, Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco, denunciado pelo jornal Estado de São Paulo. Segundo a publicação, o governo Bolsonaro usou a Codevasf para comportar aliados do centrão.
"Espero que a gente não caia no velho dilema de querer criminalizar as indicações políticas. Todos os que eu tenho indicado para os exercícios de cargos públicos preenchem requisitos", garantiu.