A cúpula do Exército não reagiu bem à presença do ex-ministro Eduardo Pazuello no ato político que gerou aglomeração, liderada pelo presidente Jair Bolsonaro, neste domingo (23), no Rio de Janeiro. A participação do general da ativa em manifestações de cunho político é atividade proibida pelo estatuto do Exército. Assim, Pazuello está sujeito à sanção disciplinar. A alternativa é mandar Pazuello à reserva após o ato com Bolsonaro. Com a CPI da Covid-19 e diante de uma possível reconvocação, o possível envio para reserva pode se tornar mesmo real.
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A CPI da Covid cobrará explicações do governo federal, da prefeitura e do governo do Rio de Janeiro sobre a aglomeração liderada por Jair Bolsonaro. A cúpula da comissão também acertou que o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello e o atual chefe da pasta, Marcelo Queiroga, serão reconvocados.
As decisões foram tomadas em reunião no domingo, dia 23, pelo grupo majoritário da CPI. O presidente da comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM), classificou a aglomeração como "estupidez".
A presença de Pazuello, uma general de divisão da ativa, em manifestação político-partidária sem que ele exerça cargo no governo que justifique sua ida ao local, causou constrangimento na cúpula do Exército e reações de políticos. O comando da Força deve tratar do caso nesta segunda-feira (24).
Na quarta-feira (19), o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, disse à Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara que militares da reserva podem ir a manifestações, ao contrário de quem está na ativa. "Os da ativa não podem e serão devidamente punidos se aparecerem em manifestações políticas". A exceção são as manifestações autorizadas pelo comando.