O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) deve iniciar uma articulação junto à Câmara dos Deputados para que seu amigo e aliado político Hélio Lopes (PSL-RJ), mais conhecido como Hélio Negão, seja indicado à vaga destinada à Casa no Tribunal de Contas da União (TCU). A informação foi revelada nesta quinta-feira (27) pelo jornalista Guilherme Amado, do portal Metrópoles.
- MPF-TCU pede que governo seja impedido de cortar orçamento do meio ambiente
- Líder da oposição na Câmara pedirá que TCU e MPF investiguem suposto orçamento secreto do governo Bolsonaro
- TCU desmente Pazuello e diz que nunca recomendou recusa à vacina da Pfizer
- MP pede que TCU abra investigação sobre suposto orçamento secreto no governo Bolsonaro
Se o deputado Hélio Bolsonaro, como colegas chamam o parlamentar, for indicado ao posto de ministro da Corte de Contas, ele ocupará o espaço da ministra pernambucana Ana Arraes, que completará 75 anos em 2022 e, por isso, precisará se aposentar do TCU em julho do próximo ano.
Em dezembro de 2020, Bolsonaro já havia nomeado um aliado para o tribunal. Com a aposentadoria do também pernambucano José Múcio Monteiro da corte, o presidente indicou o então ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Jorge Oliveira, para o posto. Para chegar ao TCU, antes, em outubro, Oliveira passou por sabatina no Senado Federal para ter seu nome aprovado ao cargo.
Composição do TCU
As sete cadeiras do TCU são algumas das vagas mais cobiçadas pelo universo político de Brasília. O salário é alto, assim como o prestígio político que ela dá. O motivo é que o TCU é o órgão que auxilia o Congresso Nacional a fiscalizar as finanças, as obras e o patrimônio da União.
Seus membros são responsáveis por elaborar pareceres sobre as contas do poder público, que serão avaliadas pelo Congresso, e por realizar auditorias específicas a pedido do Legislativo ou por iniciativa própria. Assim, seus ministros são ponto obrigatório de passagem de políticos e empresários.
O TCU tem nove cadeiras, sendo que três são indicações da Presidência da República, sendo uma de livre nomeação, caso da de Jorge Oliveira. As outras seis são indicações do Congresso.