Ministro da Economia

Paulo Guedes dá dinheiro a homem que pedia ajuda na Esplanada dos Ministérios

Guedes deve perder na próxima semana parte das atribuições do seu superministério, a partir da criação de uma nova pasta de Trabalho e Previdência

Cadastrado por

Estadão Conteúdo, Luisa Farias

Publicado em 22/07/2021 às 13:56 | Atualizado em 22/07/2021 às 14:15
Homem segurava um cartaz em que dizia estar desempregado e ter deficiência. Guedes, então, deu a ele ao menos uma nota de R$ 50, segundo o Estadão - Gabriel Biló / Estadão Conteúdo

O ministro da Economia, Paulo Guedes, deu dinheiro a um homem que o abordou pedindo ajuda na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, nesta quinta-feira (22).

A abordagem ocorreu enquanto o ministro caminhava em direção ao Ministério da Economia após um encontro com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no evento de inauguração da Antena Multissatelital no Ministério da Defesa. 

O homem segurava um cartaz em que dizia estar desempregado e ter deficiência. Guedes então deu a ele ao menos uma nota de R$ 50, segundo o Estadão. O homem teria saído correndo após receber a quantia. 

Ministérios

Guedes vai perder parte das atribuições do seu superministério, com a criação de uma nova pasta de Trabalho e Previdência, para acomodar atual secretário-geral da Presidência, Onyx Lorenzoni, fiel aliado de Bolsonaro. 

A mudança faz parte de uma mini reforma ministerial no governo Bolsonaro. O presidente convidou o senador e presidente nacional do PP, Ciro Nogueira, para assumir a Casa Civil, responsável pela articulação do Executivo com o Congresso Nacional. Nogueira é um dos principais líderes do Centrão. 

O atual ministro da Casa Civil, o general Luiz Eduardo Ramos, vai ocupar o lugar de Onyx na Secretaria-Geral de Governo. 

Paulo Guedes - MATEUS BONOMI/ ESTADÃO CONTEÚDO

Paulo Guedes minimizou as mudanças e disse ser natural uma acomodação política para garantir "sustentação política", especialmente no senado, para possibilitar a aprovação da agenda de reformas capitaneada por ele desde a época das eleições de 2018. "A sustentação parlamentar é decisiva. É natural que haja coalizão política de centro-direita para sustentar agenda de reformas", disse. 

Bolsonaro enfrenta dificuldades no Senado Federal, onde está instalada a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid. A Casa Alta também vai analisar em breve a indicação do advogado-geral da União, André Mendonça, ao Supremo Tribunal Federal (STF) para ocupar a vaga de Marco Aurélio Mello, que vai se aposentar. O nome de Mendonça sofre resistência dos senadores. 

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