Vacina

"Fizemos todas as tratativas para a aquisição de 4 milhões de doses para o nosso Estado", diz Paulo Câmara sobre a suspensão da compra da Sputnik

O governador de Pernambuco declarou ainda que a Sputnik tem 91% de eficácia comprovada e está sendo utilizada em 69 países

Cadastrado por

Mirella Araújo

Publicado em 05/08/2021 às 17:18 | Atualizado em 05/08/2021 às 17:21
Paulo Câmara e os demais governadores do Nordeste afirmam que a suspensão da compra das vacinas se deu diante das limitações impostas pela Anvisa - HEUDES RÉGIS / DIVULGAÇÃO

O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), afirmou que foram feitas toda as tratativas para a aquisição de 4 milhões de doses da vacina Sputnik-V para o Estado. O acordo firmado entre o Consórcio Nordeste (grupo que reúne os representantes dos nove estados da região) e o Fundo Soberano Russo, foi oficialmente cancelado, após diversas tentativas para a importação dos imunizantes. 

"Após sucessivas dificuldades impostas pela Anvisa – órgão vinculado ao Governo Federal – para efetivação do uso da vacina Sputnik V, decidimos suspender o contrato de compra desse imunizante para Pernambuco", afirmou Paulo Câmara, através das redes sociais.  "A Sputnik V tem eficácia comprovada de 91% e está sendo utilizada em 69 países. Seguiremos cobrando agilidade na vacinação do nosso povo", complementou o gestor.

O contrato firmado entre o Instituto Gamaleya (desenvolvedora do imunizante) e o Fundo Soberano Russo em março deste ano, previa a entrega de 37 milhões de doses, sendo as primeiras 2 milhões de doses previstas para ainda em abril. Por conta de entraves tanto da Anvisa como Ministério da Saúde, até o momento nenhuma dose havia sido desembarcada em território brasileiro. A suspensão da compra acontece em meio a divergências nos padrões de testes exigidos pela Anvisa que não foram solicitadas para imunizantes de outros laboratórios, segundo alega o Consórcio Nordeste.

“É lamentável, o Brasil vive uma situação com alta mortalidade, mais de mil óbitos por dia. Temos vacinas disponíveis, mas impedidas de entrar no Brasil devido uma decisão da Anvisa que faz uma alteração no padrão de teste junto com a não inclusão do Ministério da Saúde no plano nacional de vacinação e a falta da licença de importação, tivemos a suspensão da entrega da vacina até que se tenha uma autorização do uso do imunizante no Brasil”, explica o governador do Piauí, Wellington Dias, presidente do Consórcio Nordeste.

O Fundo Soberano Russo informou que as vacinas que seriam destinadas para o Brasil serão enviadas agora para o México, Argentina e Bolívia, e que, assim que o Brasil decidir, as vacinas estarão disponíveis para envio imediato para atender à necessidade do povo brasileiro.

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