Três deputados federais de Pernambuco participaram da votação na Comissão Especial que analisou a PEC do voto impresso na Câmara dos Deputados na noite desta quinta-feira (5). Como o JC havia adiantado no dia anterior, todos eles votaram contra a impressão de um comprovante após o registro eletrônico do voto. Um quarto nome não participou da deliberação.
A adoção do voto impresso, que era defendida pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), foi derrotada na comissão por 23 votos a 11. Embora simbolize um grande revés para o Planalto, esse pode ainda não ser o fim do tema, já que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) adiantou, mais cedo, que o tema pode ser avocado para ser decidido pelo plenário, mesmo após a derrota na Comissão Especial. Essa manobra havia sido pedida a ele pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente.
De Pernambuco, votaram contra o voto impresso os deputados federais Raul Henry (MDB), Carlos Veras (PT) e Milton Coelho (PSB). Embora seja titular da comissão, com direito a voto, o deputado Wolney Queiroz (PDT) não participou da decisão.
Em busca de se diferenciar do PT, do ex-presidente Lula, o PDT, que tem como pré-candidato ao Planalto o ex-governador do Ceará Ciro Gomes, chegou a defender a adoção do voto impresso. O deputado Paulo Ramos (PDT-RJ), porém, votou contra.
No lugar de Wolney Queiroz, quem participou da deliberação foi a deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC), que também se colocou contra a impressão do voto.
O deputado pernambucano Danilo Cabral (PSB), que era suplente no colegiado, não precisou se manifestar.
A decisão da comissão especial contra o voto impresso ocorre no mesmo dia em que empresários, intelectuais e personalidades publicaram um manifesto em apoio ao sistema eleitoral eletrônico brasileiro.