O Ministério da Defesa enviou um comunicado aos comandos da Aeronáutica, Exército e Marinha com a informação de que não haverá desfile de tropas e carros em 7 de setembro, data em que devem ser celebrados os 199 anos da Independência do Brasil.
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No documento, que foi enviado no último dia 2 de agosto, a pasta comandada pelo general Walter Braga Netto justificou a não realização do evento em razão da pandemia de covid-19, que já matou mais de 569 mil brasileiros. Assim como em 2020, a única cerimônia oficial prevista para a data é um evento de hasteamento de bandeira no Palácio do Alvorada.
Segundo a jornalista Malu Gaspar, de O Globo, nos primeiros meses do ano, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom) chegou a cogitar a realização de um grande evento, com previsão de público de 20 mil pessoas. Mas a iniciativa não foi adiante.
Até o momento, as reuniões sobre o assunto entre os comandos das Forças só definiram que serão realizadas algumas atividades específicas, ainda não definidas. No ano passado, houve ainda uma demonstração da Esquadrilha da Fumaça.
Blindados da Marinha
Na semana passada, blindados da Marinha desfilaram sobre a Esplanada dos Ministérios no dia em que se deu a decisão do plenário da Câmara dos Deputados sobre o projeto que previa a adoção do voto impresso para 2022. O projeto foi derrotado, mas o presidente da República ainda não desistiu de defendê-lo. Pela primeira vez na história, a tropa da Operação Formosa passou pelo Palácio do Planalto.
O desfile foi criticado por políticos da oposição e visto como uma forma de intimidar os parlamentares.
Os comandantes do Exército, general Paulo Sérgio, e da Marinha, almirante Garnier, participaram. O comandante da Aeronáutica e o vice-presidente Hamilton Mourão não compareceram.