O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não deverá mais pedir ao Senado o impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso. A informação é da coluna de Lauro Jardim, do jornal O Globo, nesta quarta-feira (25).
Bolsonaro teria desistido após um acordo com ministros do governo que, de acordo com o colunista, comemoraram "aliviados" a postura do chefe do Executivo.
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Na sexta-feira, 20, Jair Bolsonaro protocolou junto ao Senado pedido de impeachment de outro ministro do STF, Alexandre de Moraes, que é autor de processos que atingem o presidente e seus aliados, a exemplo da prisão de Roberto Jefferson no dia 13 deste mês.
"Não pode um ministro do Supremo, no caso o Alexandre de Moraes, ele mesmo abre o inquérito, ele investiga, ele julga e ele prende. Não tem nem a participação do Ministério Público, nada", reclamou o presidente. "Vai fazer diligência? Vai fazer uma busca e apreensão na minha casa? Vai me (sic) sancionar nas mídias sociais por caso? Será que ele vai chegar a esse ponto?", afirmou.
As tensões entre Executivo e Judiciário incentivam ainda alguns militantes bolsonaristas, que organizam uma manifestação para o feriado de 7 de setembro.
Apesar das críticas a Moraes e as recentes trocas de farpas com o presidente da corte eleitoral, Luís Roberto Barroso, o presidente negou que ataque todos os magistrados do STF. "Não pode alguns poucos ministros, poucas autoridades, se tornarem donos do mundo, donos da verdade. Quando eu falo do ministro Barroso e do Alexandre, estou falando de 2 dos 11 ministros do Supremo", disse. "Isso faz parte da vida democrática."