Uma manifestação contrária ao governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) será realizada no próximo domingo (12), a partir das 13h, no Marco Zero, Bairro do Recife. O ato vem sendo organizado pelos movimentos Livres, UJL, MBL, Lola, Juventude Cidadania e Cidadania Diversidade, e segue um movimento nacional de protestos que vão ocorrer em várias cidades do País com a intenção de reunir pessoas de todos os espectros políticos que se oponham à gestão do militar da reserva.
Em nota enviada ao Blog de Jamildo na semana passada, um dos coordenadores do MBL, Izaque Costa, afirmou que o movimento está sendo organizado porque Bolsonaro "traiu a pátria, provocou a morte de inocentes por sua negligência, terminou de quebrar a economia, meteu inflação no bolso do pai de família de classe média e baixa, se vendeu para a banda mais podre do Centrão e agora tenta um golpe contra a nossa democracia". Na última quarta (8), Renan Santos, liderança nacional do MBL, convocou até mesmo não-simpatizantes do movimento e pessoas da esquerda a participar do ato.
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Em uma publicação no Instagram, o MBL-PE comparou o gesto à união, durante a Segunda Guerra Mundial, de Churchill (Partido Conservador), Roosevelt (Republicano) e Stalin (Comunista) contra Adolf Hitler. "Guardada as devidas proporções, anos depois nos deparamos em um cenário parecido. Quando falas eram tidas como tão somente falas alopradas, elas eram ignoradas, como o tio chato do rolê. Agora, quando as falas se travestem de supedâneos e intenções golpistas, devemos nos aclarar e responder à altura. Por isso, vamos deixar de lado as nossas circunstanciais diferenças ideológicas, e nos unir contra um adversário em comum. Não é pensando em 2022, e sim pensando na democracia, na economia em frangalhos, no meio milhão de mortos e na defesa do estado democrático de direito", afirma o post.
Para evitar a partidarização do ato, o MBL lançou uma nota ontem em que afirmava que a cor oficial da manifestações erá o branco, "simbolizando a democracia e a paz". O grupo afirmou, ainda, que convoca todos os "partidos, lideranças civis e agremiações", desde que estes deixem as suas "pautas particulares e preferências eleitorais" de lado.