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"Ninguém quer deixar eu me entregar", diz o caminhoneiro Zé Trovão após ser localizado pela PF no México

Depois de afirmar que se entregaria às autoridades, o caminhoneiro gravou vídeo dizendo que vai continuar fugindo

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Amanda Azevedo, Estadão Conteúdo

Publicado em 09/09/2021 às 15:05 | Atualizado em 09/09/2021 às 15:16
Zé Trovão teve prisão determinada no dia 3 de agosto - REPRODUÇÃO DE VÍDEO

Um dos principais líderes das manifestações a favor do presidente Jair Bolsonaro, Marcos Antônio Pereira Gomes, o Zé Trovão, disse em novo vídeo nesta quinta-feira (9) que está fugindo novamente porque seus apoiadores não querem deixar ele se entregar às autoridades. Considerado foragido da Justiça, o caminhoneiro foi localizado pela Polícia Federal no México.

As declarações foram prestadas pelo próprio manifestante em um dos vídeos que divulga para caminhoneiros por meio das redes sociais. Em seu canal no Telegram, ele conta com mais de 24 mil seguidores.

"Estou aqui na correria, tendo que fugir de novo. Eu queria me entregar, mas ninguém quer deixar. Então, nos ajude. Vamos parar tudo. Empresários, fechem suas empresas. Vamos para as ruas. Vamos salvar o nosso Brasil", diz na gravação.

Agora, o caminhoneiro diz também que a movimentação da categoria não é em defesa do presidente, mas contra o Supremo Tribunal Federal (STF). "Nossa luta é contra os desmantelos do STF, contra o Moraes, contra corrupção, contra bandidagem. Não estamos, de maneira nenhuma, defendendo o presidente Bolsonaro. Nem contra, nem a favor. Estamos lutando pelo Brasil", afirma.

A ordem de prisão contra ele é da última sexta-feira (3) expedida pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, a pedido da Procuradoria-Geral da República.

Zé Trovão é investigado por incitar atos com contornos violentos no 7 de setembro contra o STF e contra o Congresso Nacional. Apesar das restrições, ele segue, pela internet, orientando caminhoneiros a favor de Bolsonaro e incentivando a paralisação total da categoria.

Antes de ter a ordem de prisão decretada, ele havia descumprido medidas cautelares de Alexandre de Moraes, como a que o proibiu a participar de transmissões pelas redes sociais. Além disso, driblou a ordem de bloqueio da chave Pix por meio da qual arrecadava recursos para financiar as manifestações divulgando um novo número.

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