O secretário de Cultura do governo federal, Mário Frias, e o ministro do Turismo, Gilson Machado, teriam protagonizado uma briga durante reunião com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), no dia 15 de setembro. O motivo seria as divergências entre os auxiliares sobre a condução da secretaria, que é subordinada ao ministério. De acordo com informações da coluna de Mônica Bergamo, da Folha de São Paulo, Mário Frias quer ter mais autonomia na pasta, enquanto Gilson Machado quer manter o controle junto ao ministério.
Ocupando o cargo desde junho de 2020, o secretário de Cultura faz questão de mostrar que está alinhado às pautas do bolsonarismo, causando reação da classe artística e da oposição. Frias tem se posicionado contra pautas como a adoção do “passaporte da vacina”, onde afirmou que não permitirá a aplicação em espaços culturais vinculados à União.
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Ele também é crítico da Lei Paulo Gustavo, que prevê aplicação de recursos para ações emergenciais com intuito de combater e mitigar os efeitos da pandemia da covid-19 sobre o setor cultural. “Absurdo que transformará o governo federal num caixa eletrônico de saque compulsório", chegou a declarar nas redes sociais.
Ainda segundo a colunista Mônica Bergamo, o auxiliar de Bolsonaro tem planos para as eleições de 2022. A deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP), confirmou que fez o convite para que Mário se candidate a uma vaga na Câmara dos Deputados, mas ele ainda não confirmou se entrará na disputa.