Vice-presidente nacional do Cidadania, o deputado estadual Daniel Coelho afirmou, na última semana, que é grande a possibilidade de a deputada estadual Priscila Krause, recém-filiada ao partido, estar na chapa majoritária da ex-prefeita de Caruaru, Raquel Lyra (PSDB), ao Governo de Pernambuco. De acordo com Daniel, porém, a oficialização do arranjo não deve ocorrer antes da convenção tucana, que ainda não tem data para ocorrer, e até lá será decidido se a parlamentar sairá candidata a vice-governadora ou senadora.
“Conseguimos filiar uma das deputadas mais atuantes do Estado de Pernambuco, a deputada estadual Priscila Krause, que veio reforçar o Cidadania e, provavelmente, porque essa construção pertence a Raquel, ela estará presente na chapa majoritária, seja na disputa para o Senado Federal, seja na condição de vice-governadora”, disse o deputado federal, durante entrevista à Rádio Clube na última sexta-feira (8).
Segundo o parlamentar, o anúncio da composição de Raquel com Priscila ainda não será oficializado para que as portas de outras possíveis adesões ao projeto da ex-prefeita não sejam fechadas. Daniel também frisou que, embora o nome de Priscila esteja sendo bem recebido pela militância, ela está aberta até mesmo a disputar a reeleição, caso esse seja o desejo de Raquel e do restante do grupo do qual faz parte.
“A gente tem quatro candidaturas no campo da oposição. É evidente que já há algumas mais consolidadas, que já têm o seu palanque montado, e deve seguir assim até o fim. E tem outras que ainda estão se arrumando. Então seria precipitado da nossa parte anunciar a chapa majoritária agora, porque ela estando em aberto, quem sabe alguma composição não ocorre que fortaleça o nosso time? Priscila e o Cidadania estão integralmente no projeto de Raquel, então não há um pleito ou uma disputa para que o Cidadania ou Priscila estejam presentes na chapa. Ela está disposta a ajudar na chapa majoritária, mas se porventura houver uma composição e for necessário que ela dispute uma reeleição, ela também está disposta a isso. Então a gente precisa ter paciência para aguardar o tempo necessário até que o quadro fique claro”, explicou o dirigente partidário.
Sobre o cenário geral da disputa, Daniel mostrou-se confiante com as chances de Raquel para o pleito, e disse que 2022 tem se mostrado muito parecido com o período que antecedeu a vitória do ex-governador Eduardo Campos, falecido em 2014, para o seu primeiro mandato à frente do Executivo estadual. “Eu tenho dito que o cenário da eleição de Pernambuco está parecendo muito com o que ocorreu na última virada de grupo político na frente do comando do Estado, quando a chapa de Jarbas e Mendonça perdeu a eleição para Eduardo Campos. Até ali Jarbas tinha uma liderança imensa e líderes políticos que com ele caminhavam começaram a sair. Saiu Inocêncio Oliveira, José Múcio Monteiro, saiu Armando Monteiro, José Chaves, saiu o ex-deputado Luiz Piauhylino, nomes importantes que faziam parte da base começaram a sair de perto. Chegou o então vice-governador Mendonça para a eleição e, desfalcado, perdeu”, relembrou.
“Se a gente olhar hoje, nesse quadro da oposição, nós temos o candidato do governo, Danilo (Cabral), e quatro candidatos na oposição onde todos eles um dia estiveram na base do PSB. Eles fizeram parte da base do governo em algum momento. O governo bateu cabeça, desmontou a sua base, passou a deixar a população e o ambiente político insatisfeito e criou essa eleição do jeito que ela está colocada. Hoje, eu diria que pode tudo, inclusive algo que ninguém pensava: enquanto, em eleições passadas, o PSB, junto com o PT, ganhou eleição no primeiro turno, agora a gente tem a possibilidade real e concreta de um segundo turno sem o PSB, sem governo”, completou Daniel.