O procurador-geral da República, Augusto Aras, foi constrangido na segunda-feira (18), em Paris, na França, por um grupo de brasileiros.
“Dar rolezinho em Paris é legal, mas e abrir processo? Vamos investigar o bolsolão do MEC, procurador?”, provocou um brasileiro que seguiu Aras com uma câmera.
O grupo cobrou que Aras investigue as suspeitas de corrupção e propina a pastores no Ministério da Educação.
Aras, que está de férias, continuou andando com a família enquanto o homem o questionava sobre outros casos que poderiam estar sendo investigados pela PGR.
Ele citou a compra de 35 mil comprimidos de viagra pelas Forças Armadas, que é apurado pelo Tribunal de Contas da União (TCU). O procurador não respondeu às cobranças.
Rádio Jornal
Em entrevista recente à Rádio Jornal, Augusto Aras respondeu a críticas de que sua gestão não estaria investigando corretamento possíveis crimes do governo do presidente Jair Bolsonaro.
Aras disse que sua gestão trabalha seguindo a Constituição para evitar que, no futuro, suas ações sejam anuladas por alguma irregularidade.
"Buscamos preservar a constitucionalidade e a legalidade dos atos para que nulidades não se repitam. Nos últimos anos tivemos processos declarados nulos e inválidos, o que é um descrédito ao sistema de Justiça. Na nossa gestão isso não ocorre. Somos eficientes sem estardalhaço, sem escândalo, sem vazamento seletivo e sem e perseguição seletiva", disse.