O presidente Jair Bolsonaro (PL) e a primeira-dama Michelle Bolsonaro, desembarcaram na Base Aérea do Recife, neste sábado (6), para prestigiarem a tradicional edição da Marcha para Jesus. A agenda em Pernambuco durou apenas um dia.
No fim da manhã, antes de seguir para o evento que reúne representantes de várias igrejas do Estado, Bolsonaro participou de uma motociata - ato que já virou sua marca nas eleições.
Sem fazer o uso obrigatório do capacete, o presidente seguiu da Base Aérea do Recife, no bairro do Jordão, na Zona Sul, até a Faculdade Universa, na Avenida Mascarenhas de Moraes, no bairro da Imbiribeira.
Acompanhado da chapa majoritária que o representa em Pernambuco, composta pelo ex-prefeito de Jaboatão, Anderson Ferreira (PL), candidato a governador, e do ex-ministro do Turismo, Gilson Machado Neto, candidato ao Senado, o presidente e a primeira-dama participaram de um almoço com líderes evangélicos.
A comitiva presidencial só chegou na Avenida Boa Viagem, às 14h30, sendo recepcionada por milhares de apoiadores vestidos de verde e amarelo, em referência à bandeira do Brasil.
Anderson Ferreira, tentou distanciar a presença de Bolsonaro no evento de uma associação eleitoreira e recorreu ao discurso da luta ”do bem contra o mal”.
"Minha candidatura é posta pelo povo e pelo presidente Bolsonaro, mas não estou pensando hoje em ato político, mas em ato profético. Eu posso dizer que essa vinda dele aqui marca o simbolismo espiritual da batalha contra o mal que nós vamos travar aqui em Pernambuco. Nós estamos com um time do bem e unido com a força do bem", declarou.
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Já Gilson Machado Neto, reconheceu que a presença do líder do PL tem um peso importante para a chapa e destacou que o movimento visto neste sábado é orgânico.
“É um gesto, porque foi o primeiro movimento que ele (Bolsonaro) fez no Brasil depois das convenções. Ele escolheu Recife, então ele sabe da importância de ter Anderson Ferreira para governador e Gilson Machado para o Senado”, afirmou o candidato à Casa Alta.
POLÍTICA
As tentativas de distância do caráter religioso do cunho político foram ignoradas por Bolsonaro, nos seus dois momentos de fala durante a realização da Marcha para Jesus.
Ele focou em convocar seus apoiadores para um ato no próximo 7 de setembro, dia em que se comemora a independência do Brasil e reforçou um tom de ''bem contra o mal" nas eleições de outubro.
Acompanhado da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, o presidente não fez um discurso acalorado, com ataques às instituições, como visto em outros momentos.
Bolsonaro preferiu falar sobre a "missão de governar o País" e pediu que as pessoas votem com a razão e não com emoção, mas não pediu explicitamente votos para si nem para seus aliados.
“Escolham com convicção, não se omitam porque vocês bem sabem o que aconteceu pela ação de alguém que lá atrás lavou as mãos. O Brasil é um país cristão e maravilhoso”, finalizou Bolsonaro.
Vista como um importante trunfo na busca pelos votos femininos religiosos, recorte em que o presidente tem baixos índices de popularidade, Michelle falou antes do marido, e pediu para que todos orassem pelo país. “Sigam fortes, não vamos entregar uma nação tão abençoada e próspera para o inimigo", declarou.