Miguel Coelho avança sobre o segmento evangélico e recebe o apoio de mais duas lideranças cristãs

Nas últimas semanas, Miguel tem se dedicado a expandir as suas bases sobre a população religiosa e conservadora do Estado, tendo conquistado apoios importantes, como o do casal Cleiton e Michelle Collins
Renata Monteiro
Publicado em 19/08/2022 às 16:54
Miguel Coelho recebe o apoio do Bispo Marcos Campelo, presidente da Igreja Evangélica Internacional El-Shadday, e da Bispa Ana Campelo Foto: Nicole Rodrigues/Divulgação


Em mais um avanço sobre o segmento evangélico do Estado, o candidato a governador de Pernambuco pelo União Brasil, Miguel Coelho, anunciou na última quinta-feira (18) a adesão de mais duas lideranças do setor à sua postulação: o Bispo Marcos Campelo, presidente da Igreja Evangélica Internacional El-Shadday, que também é candidato a deputado federal pelo PP, e a Bispa Ana Campelo, candidata a estadual pelo mesmo partido.

Na ocasião, o Bispo Campelo afirmou que decidiu apoiar Miguel devido valores que ele defende, além das suas propostas de governo e legado deixado pelo postulante em Petrolina, cidade que governou por dois mandatos. "A candidatura de Miguel será um divisor de águas para o povo cristão, para a família pernambucana. Vamos construir essa vitória voto a voto", disse.

De acordo com o agregador de pesquisas JC/ODDSPOINTER, Miguel Coelho tem 9,5% das intenções de voto e está disputando a segunda colocação na disputa com Raquel Lyra (PSDB), que tem 12,1% das menções, e Anderson Ferreira (PL), que foi lembrado por 10,5% dos entrevistados. Marília Arraes (SD) lidera a disputa, com 31,8% das intenções de voto. Todos esses candidatos têm feito acenos recorrentes aos evangélicos.

Nas últimas semanas, por exemplo, Miguel Coelho tem se dedicado a expandir as suas bases sobre a população religiosa e conservadora do Estado, tendo conquistado apoios importantes, como o do casal Cleiton e Michelle Collins, ambos do PP.

"Eu sempre tive muita afinidade com Miguel, que foi deputado comigo, e acompanhei o seu trabalho em Petrolina, cidade que ele governou e saiu com aprovação de 88%. Ele também foi o primeiro a fazer uma carta-compromisso com aquilo que a gente defende enquanto cristãos, se colocando contra a linguagem neutra, ideologia de gênero nas escolas, aborto e se dizendo a favor daquilo em que eu mais trabalho, que são as comunidades terapêuticas", declarou Cleiton Collins, em entrevista ao JC há uma semana.

O documento ao qual o deputado estadual se referiu, a "Carta ao Povo de Deus de Pernambuco", foi lançada por Miguel em agosto e lista uma série de compromissos do candidato com a comunidade cristã pernambucana. A entrega simbólica foi feita ao presidente da Igreja Assembleia de Deus e da Convenção das Assembleias de Deus no Estado, pastor Ailton José Alves, apesar do político sertanejo se autodeclarar católico.

À reportagem, Miguel deixou claro que essa relação com o público religioso do Estado não é nova. "Nós sempre tivemos uma relação próxima com o público evangélico, tanto na Prefeitura de Petrolina, quanto na Assembleia Legislativa. E eu nunca escondi meus posicionamentos nem o que defendo: sempre fui contra o aborto, ideologia (de gênero), linguagem neutra, na pandemia a gente manteve as igrejas abertas em Petrolina e o governador fechou. Isso sem falar nas ações que desenvolvemos na prefeitura, como dar benefícios às igrejas, fazer trabalhos na área social em parceria com elas, tudo isso é construção. Quando eu fiz a carta-compromisso isso terminou reforçando essa aproximação", explicou o ex-prefeito.

Confira, abaixo, a participação de Miguel Coelho na sabatina da Rádio Jornal:

Durante a pré-campanha ao Governo do Estado, cogitou-se a possibilidade de outras duas grandes lideranças evangélicas do Estado aderirem à postulação de Miguel: Clarissa e Júnior Tércio, ambos do PP. O partido liderado pelo deputado federal Eduardo da Fonte está oficialmente na Frente Popular, coligação que dá sustentação ao PSB em Pernambuco, mas alguns de seus membros, com o aval da nacional, criaram uma ala bolsonarista na sigla e têm declarado apoio a candidatos mais à direita na corrida eleitoral local.

As negociações com Júnior e Clarissa, contudo, não avançaram até o momento. "As conversas com o casal já foram mais intensas. O vereador Júnior deixou o Podemos com o aval do deputado Ricardo Teobaldo, para não ter risco nenhum de ele perder o mandato, uma demonstração de boa-fé do nosso grupo para que possamos construir uma parceria eventual. Mas a nossa porta segue aberta, tenho interesse em ter o apoio de Clarissa, de ter o apoio de Júnior, de ajudar eles nessa campanha e espero que com a vinda de Cleiton isso possa reforçar a porta aberta e a sinergia que a gente tem com essas lideranças", observou o candidato.

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