Saiba quem foi Aracy de Carvalho, mulher que salvou judeus durante a Segunda Guerra
"Passaporte para Liberdade" é a nova série da TV Globo que contará a história sobre a funcionária da embaixada brasileira em Hamburgo
A TV Globo preparou uma série documental, em parceria com a Sony, sobre a história de Aracy de Carvalho. "Passaporte para a Liberdade" estreia na programação da emissora no dia 20 de dezembro, com Sophie Charlotte e Rodrigo Lombardi, como João Guimarães Rosa, nos papéis principais.
Ela junto com o escritor foram responsáveis por salvar famílias judias a fugirem do regime nazista que se instalou na Alemanha durante o período da Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Aracy era funcionária da embaixada brasileira em Hamburgo e João era vice-cônsul.
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História
Nascida no Paraná, em 1908, ela era filha de portugueses que se tornaram donos do Grande Hotel de Guarujá. Aos 28 anos, se casou com um alemão e teve um filho, Eduardo Carvalho. O relacionamento durou pouco, e logo ela se mudou para a Alemanha. Retorna ao Brasil para formalizar a sua separação, e acabou conseguindo uma nomeação para trabalhar no consulado brasileiro em Hamburgo.
Ao retornar a Alemanha, começou a emitir passaportes para judeus que eram devidamente assinados pelas autoridades. Isso fez com que as famílias fossem aceitas com cidadania no Brasil. O apelido "Anjo de Hamburgo" veio nessa época.
O nome de Aracy está no Jardim dos Justos (Yad Vashem) entre as Nações que está localizado no Museu do Holocausto. A honraria foi dada pelo Estado de Israel para pessoas que ajudaram a salvar as vidas dos judeus durante a Segunda Guerra.
Ela se casou com Guimarães Rosa em meados de 1940, e permaneceram durante dois anos no país até que o governo brasileiro rompeu relações diplomáticas com a Alemanha. Eles se casaram oficialmente no México, pois no Brasil Aracy era considerada uma mulher desquitada. Após o falecimento do marido, em 1967, ela ficou sozinha e sofria com Mal de Alzheimer. Acabou morrendo de causas naturais, em São Paulo, em 2011.
Controvérsias
Segundo o jornalista Maurício Stycer, do UOL, a história contada não é o que aparenta ser. Os historiadores Fábio Koifman e Rui Afonso conversaram com o jornalista e afirmou que Aracy não foi uma heroína como todos pensavam. Eles disseram que: "nenhum visto irregular ou qualquer ilegalidade foi praticada pelo serviço consular da representação brasileira em Hamburgo no período em que a ajuda humanitária a perseguidos judeus é atribuída", após análises precisas sobre o assunto.
Os estudo pontua que não houve gestos heroicos, porque a legislação brasileira indicava quais os procedimentos deveriam acontecer, e assim foi feito. Os dois contam ainda que Aracy não tinha poder de emitir vistos, porque apenas era funcionária da embaixada.