Elza Soares deixou o plano terreno aos 91 anos na última quinta-feira (20). A cantora, que por muitos era considerada um ancestral em vida, faleceu de causas naturais no Rio de Janeiro.
Na música, a relação de Elza Soares com a espiritualidade era bastante explícita. Seu penúltimo álbum, Deus é Mulher, lançado em 2018, possui uma das canções com nome de um Orixá. Em Exu nas Escolas, a artista discute sobre o racismo e intolerância religiosa com crenças de matrizes africanas.
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Exu é o guardião da comunicação no Candomblé e na Umbanda, e é uma das entidades com grande importância nas duas religiões. Ele também tem função de proteger e fazer a ponte entre os seres humanos e o plano divino.
Filha de Iansã
No Candomblé, Elza Soares era filha de Iansã. Essa Orixá é considerada a senhora dos raios e tempestades, uma guerreira, que também se comunica com o mundo dos mortos.
No seu livro, lançado em 1997, Elza Soares relata que se aproximou da religião após o fim do seu relacionamento conturbado com o jogador Garrincha.
"Passei por templos e terreiros, tentei ser espírita, raspei e bati a cabeça na umbanda e no candomblé, envolvi-me com a seita hare krishna. Acreditei em tudo, desacreditei de todos e de mim mesma", alega, em um trecho da obra.
Religião
Em entrevista ao portal iBahia, em 2019, Elza Soares fala especificamente sobre a sua relação com o Candomblé. Ela cita sua Mãe de Santo, Mãe Stella de Oxóssi e sua referência. "Pra mim o Candomblé é uma coisa muito linda. Eu tive minha mãe que partiu há pouco tempo, que morava aí na Bahia (...). Eu tinha ela como tudo para mim".
Quer saber mais sobre a vida e a história de Elza Soares? Então assista ao vídeo e confira:
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