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Cientista cria privada que usa cocô como fonte de energia e dinheiro

A bacia sanitária gera energia e dinheiro através das fezes e inventou moeda coreana para recompensar estudantes que usarem o seu banheiro

Cadastrado por

Ruana Quan

Publicado em 15/07/2021 às 16:40 | Atualizado em 15/07/2021 às 17:12
Professor cria vaso sanitário para gerar energia e dinheiro com cocô - Reprodução/ YouTube

Quem imaginou um dia que o vaso sanitário poderia dar lucro?! Pois num é que pesquisadores da Coreia do Sul pensaram nisso? O cocô virou estudo e além de tá gerando energia para um edifício inteirinho, tá produzindo lucro para os estudantes onde o vaso diferenciado está sendo testado.

A ideia mirabolante foi do professor Cho Jae-weon, de engenharia ambiental do Instituto de Ciência e Tecnologia de Ulsan (UNIST). A privada BeeVi é como um sugador (estilo banheiro de shopping), quando você dá descarga as fezes vão para um tanque subterrâneo, só que no caso, sem a água mesmo! 

O gás metano é causado pela quantidade de dejetos em decomposição no tanque. O que o torna fonte de energia para alguns equipamentos do prédio, como fogão, uma célula movida a óxido sólido e uma caldeira de água quente.  

Normalmente uma pessoa faz 500g de cocô por dia, o que pode produzir 50L de gás metano, de acordo com Jae-weon. Em média o gás gera 0,5 kWh de eletricidade ou pode ser usado para andar 1,2 km com um carro.  

"Se você pensar fora da caixa, as fezes têm um valor precioso para gerar energia e estrume. Eu coloquei esse valor em circulação ecológica", disse o engenheiro à Reuters, agencia britânica de notícias. 

O professor criou o Ggool, uma moeda que quer dizer mel, em coreano. Como forma de "recompensa" para tentar convencer os alunos a usar o seu banheiro. Cada um que deixe seu dejeto lá, ganha 10 Ggbool por dia, o que dá pra usar em alguns lugares do campus usando o QR code. 

Heo Hui-jin é estudante de pós-graduação da universidade e comenta que hoje pra ele o cocô é sinônimo de bem: "agora é um tesouro de grande valor pra mim", acrescentou. "Eu até converso sobre fezes durante as refeições para pensar nos livros que quero comprar".

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