Nas redes sociais, a mãe de uma jovem de 13 anos denunciou um caso de racismo, registrado em uma escola estadual de Pedras Grandes, localizada no sul de Santa Catarina. A mãe da adolescente, Cristina Zelma, chegou a afirmar que uma colega da filha cortou as tranças do cabelo da menina, dentro de sala de aula. A justificativa da colega seria que a vítima tinha "cabelo de negro e ruim".
No dia 10 de novembro, Cristina chegou a fazer um desabafo através de um vídeo que foi publicado em sua rede social. "A minha filha usa aquelas trancinhas e uma colega cortou as tranças dela. A minha filha olhou para trás e perguntou por que ela tinha cortado e a menina falou que quis cortar e que o cabelo da minha filha era de negro e que era ruim. Simples assim", desabafou a mulher.
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A mãe explica que a filha ainda teria pedido à professora para ir até a secretaria da escola comunicar o ocorrido, mas a professora negou, mandando a jovem "sentar e se acalmar". Mas a mesma ação contra a jovem voltou a se repetir no dia seguinte, dentro do ônibus escolar. Logo após essa situação, a menina afirmou para mãe que não iria mais para escola e também pediu para retirar o restante das tranças.
Na última semana, ocorreu uma conversa entre a coordenação da escola e a aluna, mas em nenhum momento, segundo a mãe da jovem, foi perguntado sobre seu estado diante aos ataques. Cristina finalizou o seu vídeo pedindo ajuda.
Graças ao vídeo divulgado por Cristina, duas advogadas que fazem parte de uma instituição que luta a favor de causas raciais, passaram a prestar apoio para a jovem e também para a sua família. Elas pediram que as atividades da estudante sejam realizadas em formato remoto, ao menos até o fim do ano letivo de 2021.
A família da adolescente e as advogadas registraram a ocorrência na delegacia, na última terça-feira (16). O delegado que está responsável pelo caso, Willian Meotti, informou que foi aberto um auto de apuração na Polícia Civil de ato infracional de injúria racial.
A menina suspeita por fazer racismo com a jovem ainda não chegou a ser ouvida. Por ser menor de idade, não foi possível ter acesso à sua defesa.
Informações retiradas do portal Universa.