Iniciando a série de entrevistas com os três candidatos à presidência do Náutico, o Blog do Torcedor recebeu, na noite desta terça-feira (16), Bruno Becker, que pleiteia a presidência na chapa Náutico Sustentável. As eleições do alvirrubro acontecem no dia 5 de dezembro, na sede do clube, no bairro dos Aflitos, na Zona Norte do Recife. Na próxima quinta-feira (18), o atual vice-presidente Diógenes Braga, que disputa a presidência na chapa Avança Náutico, será o entrevistado, às 18h. Plínio Albuquerque, da Inova Náutico, será entrevistado na segunda-feira (22).
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Recentemente, Bruno Becker deixou o cargo de vice-presidente Jurídico do Timbu e pouco depois lançou-se candidato à presidente. Durante a entrevista, o candidato explicou o motivo da sua saída e como se deu a decisão de lançar uma chapa de oposição. Segundo o candidato, no início deste ano houve um desgaste natural gerado por divergências, ele percebeu que não conseguia visualizar perspectivas de mudança e acabou deixando o cargo. A isso também se somou o processo de escolha da composição da chapa da situação para as eleições, onde ele voltou a discordar do grupo.
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"É um processo natural de quem está dentro de uma gestão e isso foi, ao longo dos meses, ficando mais evidente para mim e chegou ao ponto da questão do processo de escolha da composição da chapa, que no meu sentir foi um processo equivocado. Eu entendo que um processo de escolha de qualquer dirigente precisa ser debatido, precisam ser analisados perfis, projetos e qual o perfil mais adequado para o projeto que se quer - e isso não só para o presidente. O presidente, o vice-presidente, os diretores e a composição em si. Eu entendi naquele momento que não tinha sido adequado e, principalmente, com a ideia da dança de cadeiras. Eu acho que uma dança de cadeiras não traz ideias novas, fica ali mesmo naquele mesmo projeto, mesmo pensamento, naquele mais do mesmo. E eu achei que, eu não acreditando no projeto, naquele processo, não faria mais sentido eu estar participando de algo que eu não acredito na origem e não via perspectiva de mudança. Então preferi sair, acho que é o mais correto quando você não está se sentindo ali confortável, podendo contribuir com o projeto. O que tem que ser feito é sair", explicou.
Becker acrescentou ainda que "de pronto" disse que não queria ser vice-presidente na chapa da situação pelas discordâncias e frisou que não fez nenhuma exigência de sair como candidato à presidência.
Veja a entrevista completa:
Composição de chapa com Plínio Albuquerque
Antes de lançarem e inscreverem suas chapas nas eleições do Náutico, Bruno Becker e Plínio Albuquerque conversaram sobre a possibilidade de formarem uma chapa juntos. Ao Blog do Torcedor, Becker disse que não chegaram a um denominador comum.
"Quando saí do clube eu não esperava a repercussão que foi. Naturalmente começaram a surgir especulações de situações. Eu fui chamado por Plínio, e não vejo nada de mais, acho que faz parte do processo, sentar e escutar e assim eu o fiz. Algumas questões eu achei interessantes, outras nem tanto, mas em hora nenhuma pleiteei entrar na chapa seja como presidente, vice-presidente, apenas escutei como sentei com várias outras pessoas dentro deste movimento após a minha saída. Acabou que, na semana da inscrição de chapa, na terça-feira, eu tive um almoço com algumas pessoas que fazem parte desse grupo maior que está apoiando a chapa Náutico Sustentável e a conversa evoluiu. Muitos pontos coincidiram, de gestão de clube, do que precisa ser feito, do que foi feito de bom, de ruim e a gente resolveu aceitar. Eu junto com Ivan Pinto da Rocha, que é meu vice, resolvemos aceitar o desafio e lançar a chapa", completou.