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Organizador da Copa do Mundo do Catar pede que comunidade LGBTQIA+ "não demonstre afeto publicamente"; confira

"Pedimos aos torcedores que o respeitem", disse Nasser Al-Khater

Cadastrado por

Haim Ferreira

Publicado em 01/12/2021 às 11:11 | Atualizado em 01/12/2021 às 11:48
Demonstrações de carinho entre pessoas do mesmo sexo não são bem vistas no Catar - AFP

O presidente do comitê organizador da Copa do Mundo de 2022 no Qatar, Nasser Al-Khater, deu uma declaração pra lá de polêmica na última terça-feira (30). Ele pediu que a comunidade LGBTQIA+ não demonstre afeto publicamente durante os jogos. Segundo ele, isso é mal visto tanto pelo público hétero como pelo homossexual. 



"Eles virão ao Qatar como torcedores e participantes de um torneio de futebol e poderão fazer o que qualquer outro ser humano faria. As demonstrações de afeto são desaprovadas e isso se aplica a todos", disse em entrevista à CNN.

Jogadoras da seleção da Suécia se beijam - REPRODUÇÃO DA INTERNET

O Catar, assim como muitos países do Oriente Médio são predominantemente adeptos ao islamismo, religião que considera a homossexualidade um crime, punível até de morte. 

"O Catar e seus países vizinhos são muito mais conservadores e pedimos aos torcedores que o respeitem. Temos certeza que o farão, assim como respeitamos as diferentes culturas, esperamos que a nossa também seja", complementou.

Esta não é a primeira vez que as leis anti-LGBTQIA+ durante a realização de um grande torneio de futebol causam preocupação. Em junho, a UEFA recusou um pedido para iluminar o estádio do Bayern de Munique com as cores do arco-íris para a partida da Euro 2020 entre a Alemanha e a Hungria, após uma lei anti-LGBTQIA+ ser aprovada pelo parlamento húngaro.

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