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Retrospectiva 2021: caos político foi o tom no Sport na temporada

Leão teve adiamento de eleições e cinco presidentes neste ano. Nenhum conseguiu salvar a equipe do rebaixamento

Cadastrado por

Haim Ferreira

Publicado em 21/12/2021 às 14:27
NE10 - NE10

Em 116 anos de existência, o Sport já teve muitas temporadas turbulentas politicamente, mas a de 2021 se superou. Ao todo, o clube teve cinco presidentes, duas eleições e muitas incertezas eleitorais. Coincidência ou não, o cenário caótico se refletiu dentro de campo: nenhum título, eliminações precoces e mais um fatídico rebaixamento para a Série B.



Os problemas do Leão começaram antes mesmo deste ano se iniciar. As eleições para o biênio 2021/2022 estavam inicialmente previstas para acontecer em dezembro de 2020, de acordo com o estatuto do clube. A definição do novo presidente no entanto só ocorreu em 9 de abril de 2021, após três adiamentos.

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Foi um processo agitado e um clima de efervescência muito grande. Além disso, houve uma troca na chapa da situação, com Milton Bivar assumindo a cabeça do grupo no lugar de Fred Domingos. Bivar foi reeleito presidente do Leão, vencendo Nelo Campos, principal opositor, com uma diferença de apenas 38 votos, a menor da história.

Pouco mais de dois meses após vencer, em 15 de junho, Milton Bivar e seu vice, Carlos Frederico, renunciaram aos seus respectivos cargos. O presidente alegou que precisaria cuidar da saúde e que faria duas cirurgias. A dissolvição saiu algumas semanas após o Sport ter perdido o título pernambucano para o Náutico, além de ter sido lanterna na fase de grupos do Nordestão. O time rubro-negro já havia sido eliminado na primeira fase da Copa do Brasil para a Juazeirense.

Novas eleições foram convocadas, desta vez para o dia 15 de julho. Até lá, o presidente do Conselho Deliberativo, Pedro Lacerda, foi quem sentou na poltrona do executivo rubro-negro. No período que antecedeu o pleito, o nome de Nelo Campos ressurgiu com bastante força e a sua eleição era dada como certa antes mesmo da disputa.

Acontece que a sua chapa foi impugnada três dias antes dos sócios votarem. O motivo é que o candidato tinha pendências judiciais no Serasa. Mais uma mudança de cabeça então vem à tona e Leonardo Lopes passa a ser o candidato principal. Nelo continuaria na gestão, mas na vice-presidência de futebol. Como esperado, ele vence com larga vantagem. 1.083 votos contra 222 dos dois oponentes somados. 

Quando tudo parecia que tomaria o rumo da calmaria, eis que uma nova tempestade se forma politicamente. O Sport havia contratado três jogadores, mas eles não foram inscritos no Campeonato Brasileiro pela direção de futebol, comandada por Nelo. O caso teve repercussão nacional e custou o cargo do cartola e de toda a sua pasta.

É ai que, mais uma vez, o fantasma dos dois meses voltou a assombrar a Ilha do Retiro. Em meio a este turbilhão, Leonardo Lopes pede licença da presidência em 4 de outubro. Até hoje ele não retornou do que, até então, era um pedido temporário. Seu vice, Yuri Romão, é quem hoje exerce a função e assim deve permanecer até o fim do mandato, no final de 2022.

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