A mística de que disputa de pênaltis é loteria está cada vez mais ultrapassada. Na conquista da Supercopa do Brasil do Atlético Mineiro diante do Flamengo, o goleiro Éverson defendeu três cobranças e foi o protagonista.
Um estudo de 2009 defende a tese de que, quanto mais tempo entre um jogador pôr a bola na marca da cobrança e a autorização do árbitro, as chances do cobrador perder são maiores.
Os autores demonstram em outras apresentações que as chances de conversão são reduzidas nas cobranças alternadas e à medida que a mentalidade do batedor passa a ser de “não perder” o pênalti, e não de fazer o gol.
A diferença de mentalidade é natural com a extensão das penalidades, uma vez que os cobradores passam a ser aqueles com menos naturalidade e costume em bater pênaltis.
O jornalista e analista Renato Sena trouxe os estudos à tona e fez um levantamento do tempo demorado pelas equipes para cobrar os pênaltis.
Foi constatado que a média de tempo na demora dos jogadores do Flamengo é equivalente a quase o dobro do tempo levado pelos atletas do Atlético para chutar a bola.
Já pelo lado do Galo, a média foi de 12 segundos, com o pênalti decisivo de Hulk tendo o menor tempo de espera da decisão (9s).
PS: não consegui contabilizar os tempos de Guga e Godín por conta da transmissão. Não houve grande discrepância, então usei a média em ambos casos pic.twitter.com/zMxCvo9PDE— Renato Senna (@rsenna88) February 21, 2022
No fim, deu certo e o Atlético-MG levantou a taça.