PANDEMIA

Ministério da Saúde lamenta as 200 mil mortes pela covid-19

"Em nome do Presidente da República, Jair Bolsonaro, do Ministério da Saúde e de todo o Governo Federal, queremos nos solidarizar com cada família que perdeu entes queridos", diz a pasta em nota oficial

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AFP, Estadão Conteúdo

Publicado em 07/01/2021 às 19:58 | Atualizado em 07/01/2021 às 20:14
Marca foi atingida nesta sexta-feira (15), em meio a nova alta de casos - MICHAEL DANTAS / AFP

O Ministério da Saúde lamentou, nesta quinta-feira (7), o fato de o Brasil ter atingido o número de 200 mil mortes pela covid-19. "Em nome do Presidente da República, Jair Bolsonaro, do Ministério da Saúde e de todo o Governo Federal, queremos nos solidarizar com cada família que perdeu entes queridos", diz a pasta em nota oficial divulgada em sua página na internet.

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O Ministério da Saúde registrou 1.524 mortes nas últimas 24 horas, a segunda maior cifra desde o início da pandemia, elevando o total de óbitos a 200.498, superado apenas pelos Estados Unidos.

Nas últimas 24 horas também foram reportados 87.843 contágios, um recorde absoluto desde os primeiros casos detectados em fevereiro.

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"Para nós, servidores do Ministério da Saúde, não é um momento só de pesar. É também momento de reflexão e de unir forças, para que todos os dias possamos trabalhar empenhados na solução dessa pandemia", diz a nota, que completa que a Pasta está trabalhando "incansavelmente, acompanhando pesquisas científicas e reforçando diálogos entre o Brasil e outros países para garantir vacinas seguras e eficazes à população".

Na nota, o ministério agradece e reconhece ainda o empenho e força dos profissionais de saúde, destacando que o trabalho deles permitiu que mais de 7 milhões de vidas no País fossem salvas - o número corresponde aos recuperados da covid-19.

"Com a união de todos os setores, como empresas aéreas, forças armadas, empresas do setor privado, público, e de todo o Governo Federal, bem como de voluntários que se colocam todos os dias disponíveis para continuar a salvar mais vidas, o Ministério da Saúde prepara o lançamento da maior campanha de vacinação para combate ao coronavírus, a fim de evitar a perda de mais vidas", diz a nota, que encerra com as seguintes frases: "Brasil imunizado. Somos uma só nação!"

A média de mortes nos últimos sete dias é de 793 diárias. Esta cifra confirma o repique da doença, pois os números haviam caído a 324 diárias em novembro depois de ter permanecido quase sistematicamente acima das mil por dia entre o começo de junho até meados de agosto.

A rápida propagação da covid-19 voltou a colocar o sistema de saúde sob pressão e os especialistas preveem que a situação piore consideravelmente devido às aglomerações maciças durante as festas de fim de ano.

Os hospitais de grandes cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte registraram recentemente taxas de ocupação superiores a 90%.

"Não sei como vamos sobreviver esse mês de janeiro", afirmou à AFP Paulo Lotufo, professor de Epidemiologia da Universidade de São Paulo (USP).

As advertências dos especialistas esbarram constantemente na posição do presidente Jair Bolsonaro, que se opõe às medidas restritivas em nome da salvaguarda da economia, participando de atos com apoiadores, desprezando o uso de máscaras e criticando o que chama de "histeria" sobre o coronavírus, enquanto incentiva o receio em relação às vacinas.

O agravamento atual da pandemia ocorre ainda sem que o país tenha definido uma data para o início da vacinação.

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou nesta quinta que a imunização poderia começar "na melhor das hipóteses" antes de 20 de janeiro, mas disse que poderia ser adiada até meados de fevereiro ou início de março, devido aos processos de aprovação das vacinas.


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