Com o avanço da imunização e flexibilização de algumas das medidas tomadas para conter o avanço da pandemia da covid-19 no mundo, várias possibilidades no setor de turismo e lazer se ampliam aos brasileiros, como é o caso das viagens internacionais. Para quem quer aproveitar esse novo momento conhecendo outros países, alguns desafios acerca de itens essenciais para a viagem e aparência física têm sido enfrentados pelos viajantes.
Segundo uma pesquisa online feita pela empresa Booking.com com 28.042 pessoas em 28 países diferentes em janeiro de 2021, 22% dos entrevistados brasileiros afirmaram não lembrar onde guardaram o passaporte. Além da preocupação com o documento de viagem, 5% dos viajantes do Brasil também não sabiam onde tinham guardado outro item importante: a mala.
A experiência de viajar remete à jornalista Giovanna Camargo, 24 anos, bons momentos em família e de experimentar novas culturas. Sem embarcar em um avião desde 2020, a jovem precisou adiar o casamento e a lua de mel por causa da pandemia. Agora, ela anseia viajar, em segurança, assim que possível. “A minha próxima viagem seria a minha lua de mel, em julho de 2020. O casamento aconteceu, mas a viagem não, por causa das fronteiras fechadas. Tivemos que adiar a data da lua de mel", relata.
"Eu pretendo sim viajar assim que estiver vacinada com as duas doses, mas mesmo assim, seguindo todos os protocolos de proteção. Eu sinto que [viajar] é também um momento de celebrar; foi tanto tempo dentro de casa que podemos ver as coisas ficando um pouco melhores”, afirmou Giovanna Camargo. "Eu só sei onde estão meu passaporte e minha mala de viagem porque me considero uma pessoa extremamente organizada, mas depois de passar tanto tempo sem pegar neles, eu poderia facilmente ter esquecido onde estavam", concluiu.
Brasileiros pretendem investir em estética antes das férias
Na análise feita pelo site de acomodações, a mudança na aparência física tem sido uma das principais questões para os viajantes brasileiros. Cerca de 77% dos entrevistados confessaram que pretendem investir na aparência antes das próximas férias, com idas ao cabeleireiro e manicure. A pesquisa também apontou que ao menos 1 a cada 5 (21%) brasileiros demonstrou entusiasmo em poder sair de férias sem precisar contar calorias; eles pretendem aproveitar ao máximo a experiência de suas viagens.
Para o product designer Leonardo Silva, 25 anos, cuidar da aparência tem sido um dos preparativos para a sua próxima viagem. Sem embarcar para um novo destino desde o começo da pandemia, o jovem tem investido em academia, tatuagens e outros procedimentos estéticos para se sentir bem fora do isolamento. "Sempre antes de viajar eu arrumo o cabelo, faço alguns meses de academia para voltar à forma que eu gosto, também fiz uma tatuagem no tempo de isolamento", relata o viajante.
"Eu acho que isso [as mudanças estéticas] foi um reflexo de como eu estava me sentindo por dentro. Também acredito que seja parte do se mostrar e ser visto, depois de tanto tempo sem isso. Por mais que seja diferente do 'me arrumar para mim', algo que sempre preguei, com tanto tempo sem ser visto a gente acaba querendo as mudanças e cedendo", relata o product designer.
Essa reflexão surgiu quando boa parte (86%) dos viajantes admitiram que, depois de tanto tempo em casa, já não se parecem mais com a foto do passaporte. As mudanças mais comuns relatadas na aparência dos entrevistados do Brasil foram: ganhar peso (41%) e deixar o cabelo mais comprido (25%).
“Curiosamente, os brasileiros foram a quarta nacionalidade que diz ter ganhado mais peso em meio aos 28 países consultados, atrás dos tailandeses (43%), coreanos (43%) e argentinos (42%). Quanto ao cabelo mais comprido, os brasileiros empataram com os vietnamitas e estão entre as 15 nacionalidades que mais deixaram as madeixas crescerem”, afirmou a empresa Booking.com.