Atualizada às 9h15 do dia 6/10
Na última quinta-feira (30), quatro veículos da empresa de viagens Buser, popularmente conhecida como “Uber ônibus”, foram apreendidos pelo Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), no Rio Grande do Sul. Os ônibus que ofereciam serviços a agenciadora de viagem apresentavam multas e irregularidades. A empresa comercializa viagens interestaduais e promete preços mais baratos que o mercado.
Segundo o portal GZH Geral, a ação ocorreu nas cidades de Caxias do Sul, Porto Alegre, Rio Grande e Santa Maria. Os veículos apreendidos não seriam pertencentes à Buser, mas às transportadoras contratadas para operar as viagens comercializadas pela startup.
À imprensa local, o diretor de Transportes Rodoviários da Autarquia, Lauro Roberto Hagemann, informou que os ônibus estão registrados em nome de duas empresas cujas operações podem ser suspensas. A organização afirma ainda que mesmo que as viagens sejam organizadas sob suposto fretamento, a operação é irregular.
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“Uber ônibus”
O serviço oferecido pela Buser agrega outras empresas que aceitam se submeter aos termos de contratação, como se fosse um serviço de fretamento eventual, com lista de passageiros. O serviço é conhecido como “fretamento colaborativo” e a adesão das passagens é feita pela plataforma da Buser.
No entanto, o serviço ofertado pela empresa divide opiniões. Em 2020, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) proibiu a Buser de operar no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e no Paraná com transporte interestadual.
Após a abordagem, os agentes da Dear teriam providenciado viagens em linhas tradicionais para os passageiros dos veículos. Segundo Lauro Roberto Hagemann, cada empresa teve dois ônibus recolhidos e essa reincidência pode levar à suspensão por até quatro anos.
Buser
Ao JC, a empresa afirmou que considera as apreensões dos veículos ilegais, realizadas "em perseguição à Buser". "O serviço de fretamento é legal, regulamentado e a atividade de intermediação é permitida por lei", escreveu em nota. A Buser afirmou ainda que as empresas parcerias estão recorrendo à Justiça para impedir que novas apreensões ocorram no Rio Grande do Sul e alega que há "total falta de embasamento jurídico".
Os serviços de viagem na Buser continuam ocorrendo normalmente.
*Com informações do portal GZH Geral