Aedes aegypti

Alunos do Ceará criam armadilha de suor humano para mosquitos da dengue

Nomeado "Armel", o projeto utiliza um circuito de armaduras metálicas da conhecida raquete "mata mosquitos" e a influência do suor humano para atrair e eliminar mosquitos. Feito em quatro dias, o projeto matou cerca de 18 mosquitos em dois minutos durante seu primeiro teste

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Do jornal O Povo para a Rede Nordeste

Publicado em 19/10/2021 às 0:21 | Atualizado em 19/10/2021 às 0:21
Armadilha utiliza materiais que atraem os mosquitos - GUSTAVO SIMÃO/ESPECIAL PARA O POVO

Uma armadilha para atrair e eliminar mosquitos transmissores de doenças, incluindo o Aedes aegypti, foi desenvolvida por estudantes do ensino fundamental de Potengi, município no interior do Ceará. Os responsáveis pela armadilha para mosquitos são Francisco Caíque e Elizabeth Nunes, da Escola de Ensino Fundamental e Médio Menezes Pimentel. Nomeado “Armel”, o projeto será apresentado na mostra Ceará Científico, realizada pela Secretaria da Educação do Ceará (Seduc). A matéria é do jornal O Povo para a Rede Nordeste.

O combate a mosquitos do item é realizado a partir dos comportamentos físicos e bioquímicos das espécies sugadores de sangue pertencentes à família Culicidae, segundo explicou Francisco Caíque em entrevista à Rádio CBN Cariri. “Nosso projeto foi elaborado acerca de notícias veiculadas por jornais, principalmente do jornal O POVO, que apontou um aumento de 51% dos casos de dengue no ano de 2021 e também por meio da análise de boletins epidemiológicos do Ceará”, relatou o estudante.

A estrutura da armadilha aproveita um circuito de armaduras metálicas da conhecida raquete “mata mosquitos”, além de outros materiais que atraem esses insetos. “A gente utilizou o ácido lático contido no suor humano, que foi retirado de voluntários e destilado. Também utilizamos comprimidos efervescentes com água na temperatura de 12ºC. Nosso projeto tem ainda a coloração preta que acaba atraindo esses mosquitos”, explicou Elizabeth.

Segundo a estudante, a Armel tem baixo custo e é de fácil reprodução: “Nós gastamos em média R$ 30. A diferença do nosso projeto para a raquete normal é que trocamos a fonte da bateria para uma de 4,2 volts e uma chave para ligar/desligar, para que fique sempre ligada”. Feito em quatro dias, o projeto matou cerca de 18 mosquitos em dois minutos durante seu primeiro teste. Ele será replicado para utilização de agentes de endemias em regiões cearenses de maior incidência de contaminação da dengue.

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