O depoimento de Jorge Beltrão precisou ser interrompido pela juíza Maria Segunda, pois as pessoas que estão assistindo ao julgamento ficavam rindo durante o momento. A intervenção da juíza foi necessária após a oração de Jorge. O julgamento acontece no Fórum de Olinda, Região Metropolitana do Recife, e começou às 9h45 desta quinta-feira (13).
A oração de Jorge dizia: "Pai celeste, em nome do teu filho Jesus Cristo, te peço perdão por tudo que fiz, te peço um consolo para as famílias que perderam seus entes queridos e por Bel e Bruna. Me dê forças e consolo através do nome do teu filho Jesus Cristo. Amém".
A promotora do Ministério Público Eliane Gaia questionou, em seguida, se Jorge havia feito uma oração por Jéssica no momento do crime. A plateia, então, riu. Foi quando o acusado disse estar arrependido pelos cultos. "Todos os dias eu falo com Deus em orações e peço que me perdoe. Eu já fui evangélico, mas acebei me afastando porque precisava trabalhar" disse.
"Quer dizer que pecava e voltava? Usava a igreja para se arrepender dos seus pecados?", indagou a promotora. De cabeça baixa, Jorge alegou que tudo o que fez foi por querer um mundo mais perfeito. Ele também relatou que existia um clima de amizade com Jéssica. O acusado explicou que, quando Bruna fazia comida muito salgada, a jovem refazia a comida dele.
Por conta das risadas, a promotora de defesa, Tereza Joacy, interviu e pediu que a juíza não deixasse que a plateia atrapalhasse, pois o momento era sério e merecia respeito. A juíza acatou e pediu que as pessoas que assistem ao julgamente se comportassem.
Além de Jorge Beltrão, estão sendo julgadas Isabel Cristina Pires da Silveira e Bruna Cristina Oliveira da Silva pelo assassinato de Jéssica Camila da Silva Pereira, em 2008, em Rio Doce, bairro de Olinda.