Familiares se despedem do sargento morto no tumulto do Complexo Prisional do Curado

Policial chegou a ser socorrido, mas não resistiu ao ferimento
Do JC Online
Publicado em 20/01/2015 às 10:44
Policial chegou a ser socorrido, mas não resistiu ao ferimento Foto: Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem


Familiares e os amigos se despedem do sargento Carlos Silveira do Carmo, de 44 anos, morto durante a rebelião que aconteceu no Complexo Prisional do Curado, o antigo Aníbal Bruno, nessa segunda-feira (19). O primeiro sargento da Polícia Militar (PM) está sendo velado no cemitério Parque das Flores, na Várzea. Carlos Silveira do Carmo deixa esposa, duas filhas e uma neta. O enterro está programado para acontecer às 16h.

O policial foi atingido na cabeça. Carlos Silveira chegou a ser socorrido para o Hospital Otávio de Freitas, mas não resistiu aos ferimentos. O disparo que matou o sargento teria partido de dentro do ASP Marcelo Francisco Araújo (PAMFA), um dos três presídios do complexo, mas o caso ainda está sendo investigado pelo delegado João Paulo Andrade.

A outra vítima fatal da rebelião, o detento Edivaldo Barros da Silva, de 34 anos, passa por necrópsia no Instituto de Medicina Legal, em Santo Amaro, na área central do Recife. A expectativa de familiares é que a liberação do corpo do detento ocorra ainda nesta terça-feira (20), para que ele possa ser sepultado no final da tarde, no cemitério de Beberibe.

REBELIÃO - O protesto começou na manhã dessa segunda quando os reeducandos recusaram o café da manhã e ficaram em cima das lajes com faixas que cobravam agilidade nos processos em tramitação na Justiça e melhorias nas celas. Ficou evidente o descontentamento com o juiz titular da Primeira Vara das Execuções Penais, Luiz Rocha. No meio da tarde, os presos passaram a depredar o patrimônio público e se iniciou o embate entre internos e policiais.

Na manhã desta terça-feira (20), os detentos do Complexo Prisional do Curado voltaram às lajes dos pavilhões para protestar por maior celeridade no julgamento dos processos. O Batalhão de Choque da Polícia Militar foi acionado para conter os tumultos. Tiros foram escutados dentro do presídio.

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