MPPE pressiona prefeitura a agilizar assistência a cães abandonados na Encruzilhada

Decisão foi anunciada durante reunião realizada nesta quarta-feira (15)
Da editoria de Cidades
Publicado em 15/04/2015 às 23:38
Foto: Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem


O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) exigiu que o caso dos cachorros abandonados no bairro da Encruzilhada, Zona Norte do Recife, fosse solucionado o mais rápido possível. O órgão fixou a próxima sexta-feira (17) como data final para que a Prefeitura do Recife adote medidas.

A decisão foi anunciada durante reunião realizada nesta quinta-feira (15) com o promotor Ricardo Coelho e  representantes do Centro de Vigilância Ambiental (CVA) (da Secretaria municipal de Saúde) a Secretaria-Executiva dos Direitos dos Animais (Seda) e o projeto Mascote de Rua. Além deles, também participaram a ex-inquilina que abandonou os cachorros no imóvel e o titular da Delegacia de Polícia do Meio Ambiente (Depoma), Erivaldo Guerra. 

De acordo com um dos gestores do projeto Mascote de Rua Junior Viana, a audiência aconteceu porque a Seda e o CVA deixaram de prestar assistência. No último dia 25,  o MPPE definiu os papeis de todos os envolvidos no caso e a prefeitura se comprometeu a ajudar com transporte de animais, identificação, vacinação, atendimento veterinário, microchipagem e castração. Depois de todo este processo, encaminharia os bichos para feiras de adoção. 

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No sábado (4), uma cadela deu à luz a um único filhote. Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem - Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem
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Cerca de 120 cães ainda se encontram na casa. Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem - Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem
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Cerca de 120 cães ainda se encontram na casa. Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem - Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem
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Cerca de 120 cães ainda se encontram na casa. Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem - Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem
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Voluntários vão à casa todos os dias para ajudar os animais. Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem - Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem

 

"A situação é muito grave. Desde que descobrimos a história, 15 cachorros morreram por causa de ataques de outros. A prioridade, agora, é separar os mais agressivos dos mais fracos, cadastrar e dar atendimento veterinário. O promotor Ricardo Coelho, inclusive, disse que pode indiciar pessoas da prefeitura, caso o processo não ande. Pedimos também a punição da ex-inquilina", afirmou o ativista. 

A Seda garante que a prestação de serviço neste caso nunca parou, mas, agora, serão intensificados. Nesta quinta-feira (16), uma grande operação será feita na casa. "Vamos aguardar o ofício do Ministério Público com as novas diretrizes, que deve ser entregue amanhã. No mesmo dia, vamos realizar uma força-tarefa em parceria com as ONGs de proteção animal. Mais gente vai trabalhar e mais atendimentos serão realizados", afirma o gerente-geral da secretaria, Robson Melo. 

O caso veio à tona depois que duas inquilinas do imóvel foram despejadas no mês passado, porque não pagavam o aluguel. Na época, cerca de 80 animais foram encontrados em péssimas condições, desnutridos e doentes. Atualmente, os bichos vivem de  doação. Quem quiser ajudar pode entregar remédios, ração, vasilhas e produtos de higiene, como shampoo e sabonete, na residência localizada na Avenida Norte, nº 2483, na Encruzilhada. 

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