Compesa mantém racionamento em municípios abastecidos pela Barragem de Botafogo

Apesar da elevação no nível do reservatório na semana passada, calendário de fornecimento d'água na RMR não foi alterado
Da editoria de Cidades
Publicado em 10/07/2015 às 7:21
Apesar da elevação no nível do reservatório na semana passada, calendário de fornecimento d'água na RMR não foi alterado Foto: Foto: Renato Spencer/Acervo JC Imagem


As fortes chuvas que atingiram o Grande Recife no final do mês passado elevaram para 30,77% o nível da Barragem de Botafogo, em Igarassu, na Região Metropolitana, mas o regime de racionamento continua. A Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) anunciou que a meta é chegar aos 50% de captação até o fim de julho para, então, avaliar se haverá alteração no calendário de fornecimento d’água. O manancial abastece os municípios de Igarassu, Abreu e Lima, Paulista e Olinda.

Até a semana passada, o nível da barragem era de 19,23%. O aumento de 11,34% configura um saldo positivo, entretanto o diretor de Mercado e Atendimento da Compesa, Rômulo Aurélio Souza, considera precipitado suspender o racionamento na região. “Estamos captando cerca de 200 litros por segundo em Botafogo. Normalmente, chegamos a 650”, justificou.

Devido à medida, desde o final do ano passado, mais de dez bairros dos municípios atendidos pelo reservatório passam por racionamento. Localidades como Bairro Novo, em Olinda, e o Centro de Paulista, que tinham água todos os dias, agora contam com um esquema de fornecimento a cada dois dias.

Em reunião realizada nesta quinta-feira (9) entre gestores das Defesas Civis da RMR e da Mata Sul, foi anunciado um cenário otimista em relação ao aumento nos níveis de barragens e represas do Estado. No encontro, o diretor-presidente da Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac), Marcelo Asfora, informou que o quadro atual é equivalente ao mesmo período do ano passado. “O reservatório de Pirapama está cheio, chegou a atingir cerca de 70%. Em Tapacurá, o nível subiu de 40% para quase 63%”, afirmou.

Na reunião, também estiveram presentes representantes do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar. Eles vão elaborar um documento para ser entregue ao Ministério da Integração Nacional, na tentativa de conseguir recursos para ações preventivas em áreas de risco de Pernambuco nos períodos de fortes chuvas. Ainda não há prazo para o relatório ficar pronto nem se sabe a verba necessária.

Entre os últimos cinco dias de junho e os cinco primeiro deste mês, choveu no Recife 570,4 mm. A média histórica para um intervalo de dez dias na capital pernambucana era de 386 mm. “Foi registrada a maior chuva dos últimos 29 anos. A previsão da Apac para os próximos 15 dias é de chuvas fracas e moderadas, mas estamos em alerta. O trabalho de prevenção será feito continuamente até agosto”, revelou o chefe da Casa Militar, Mário Cavalcanti.

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