Operação Lei Seca alerta sobre acidentes com motocicletas

Trabalho inclui distribuição de cordel e informativos, além da realização de testes com novo equipamento de fiscalização
Do JC Online
Publicado em 27/07/2015 às 14:53
Trabalho inclui distribuição de cordel e informativos, além da realização de testes com novo equipamento de fiscalização Foto: Fernando da Hora/JC Imagem


Durante a Operação Lei Seca realizada no Cais José Estelita, área central do Recife, na manhã desta segunda-feira (27), para marcar o Dia Nacional do Motociclista, foram registrados três casos de alcoolemia. A ação chamou atenção para os acidentes com motocicletas, considerados uma epidemia pela Organização Mundial de Saúde e que vitimou de forma fatal no Estado, no ano de 2013, 741 pessoas que pilotavam ou eram caronas em motocicletas. 

A operação assinala o início de um trabalho educativo que inclui a distribuição, nas blitze de todo o Estado, do cordel Veja bem motociclista, Salve sua vida e do jornal Saúde no trânsito. Um novo equipamento também começa a ser usado por policiais militares que participam das blitze. Eles passam a ter pequenas câmeras acopladas aos uniformes para registrar as ocorrências. As imagens poderão ser utilizadas como prova para identificar um condutor alcoolizado.

Ilustradas, as páginas dos poemas de cordel têm informações, ao final de cada verso, de porcentagem sobre vítimas de acidentes de motocicleta que foram atendidas em unidades sentinelas de saúde e sobre os fatores envolvidos no acidente como excesso de velocidade, uso de álcool antes de conduzir a motocicleta e a não utilização do capacete. Já o jornal traz seções com números de óbitos, internações e atendimentos, além dos 12 mandamentos para a segurança do motociclista e a relação das unidades de pronto atendimento (UPAs). 

“Hoje, mais da metade dos leitos de emergências e UTIs, nos hospitais que atendem o trauma no Estado, são ocupados por acidentados de moto. E o custo desse paciente internado chega a cerca de R$ 90 mil. Ou nos juntamos para enfrentar essa epidemia, ou o Sistema de Saúde, no Brasil inteiro, vai falir e, em poucos anos, o Brasil terá a maior população de mutilados do mundo”, ressalta o secretário estadual de Saúde, Iran Costa. Mutilações, paraplegia, tetraplegia e perda da capacidade produtiva são sequelas comumente associadas aos que sofrem acidentes com motocicleta. 

Em 2014, foram atendidos quase 46 mil pacientes vítimas de acidente de trânsito. Desse total, mais de 34 mil eram motociclistas, o que corresponde a 74,6% dos acidentados.

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