Arquidiocese à espera de ajuda para salvar Seminário de Olinda

Dez dias depois de lançar campanha para arrecadar recursos e fazer a obra emergencial de restauração do Seminário de Olinda e da Igreja de Nossa Senhora da Graça, a Arquidiocese de Olinda e Recife divulga um número de telefone para atendimento ao público. Os interessados em colaborar podem tirar dúvidas sobre as formas de contribuição pelo número (81) 99909-0517.

Além do celular, a arquidiocese colocou uma linha fixa à disposição dos possíveis parceiros do projeto. O número (081) 3271-4270, ramal 238, funciona de segunda a sexta-feira, das 7h às 13h, avisa Telma Liege, gestora dos projetos de restauração das igrejas da instituição. A meta é arrecadar R$ 3,7 milhões para reparos no telhado e outras ações emergenciais.

De acordo com ela, o valor doado para a obra, em 2016, será deduzido na declaração do Imposto de Renda de 2017. “Pessoas físicas podem abater 6% do imposto devido. Para pessoa jurídica, a tributação é calculada pelo lucro real da empresa”, explica. A campanha para angariar fundos deve durar um ano.

Quem preferir, pode acessar o hotsite http://www.reconstrucaodoseminario.org/ para saber como se faz as doações, conhecer detalhes do projeto de restauração e ler sobre a história do seminário.

A Igreja de Nossa Senhora da Graça e o Seminário de Olinda foram construídos no século 16 e são tombadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). As duas edificações – a igreja fica no mesmo prédio do seminário – estão localizadas na Cidade Alta, considerada Patrimônio da Humanidade pela Unesco desde 1982.

Em maio de 2015, após vistoria técnica, a Defesa Civil da cidade determinou a interdição dos imóveis, comprometidos por rachaduras, afundamento de piso e danos no telhados. A arquidiocese está autorizada pelo Iphan a fazer a captação de verba para a obra emergencial pela Lei Federal de Incentivo à Cultura, a Lei Rouanet.

A obra completa de restauração está avaliada em cerca de R$ 18 milhões. Mais duas igrejas do Sítio Histórico de Olinda, Bonfim e São Pedro, também estão interditadas e à espera de reparos.