Designada em dezembro passado para assumir o comando das investigações do caso Beatriz, a delegada Gleide Ângelo viaja nesta terça (3) pela segunda vez a Petrolina, no Sertão pernambucano, para dar seguimento às diligências. A garota, de apenas 7 anos, foi assassinada com 42 facadas durante a festa de formatura de segundo grau da irmã, no Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, na noite do dia 10 de dezembro de 2015, e até hoje ninguém foi preso ou indiciado pelo crime.
Em 13 de dezembro, a delegada teve reunião no Ministério Público de Pernambuco da região, quando informou que a partir dali iria analisar os 13 volumes do inquérito sobre o caso. Procurada pelo JC, ela não falou sobre o assunto. O delegado Marceone Ferreira, que estava à frente das investigações, continua fazendo parte da equipe.
As últimas informações sobre o caso são de setembro, quando a Polícia Civil divulgou imagens de um homem suspeito de ter assassinado a criança. No vídeo, aparece uma pessoa de cor negra, magra, cabelos cacheados, cerca de 1,65 metro de altura, vestindo camisa verde, calça jeans e sapatos fechados.
No mesmo mês, Marceone informou que a perícia identificou DNA masculino no cabo da faca encontrada ao lado do corpo da menina e embaixo das unhas dela, mas de pessoas diferentes. A polícia fez 65 exames comparativos de DNA e todos deram negativo. Pelo menos cinco pessoas teriam praticado o crime.
Diante da demora na identificação dos culpados, familiares e amigos da família já realizaram diversos protestos. Os pais da garota, Sandro Romilton (professor da escola) e Lucinha Mota chegaram a pedir a federalização do caso.
Beatriz Mota havia pedido à mãe para beber água e cerca de 30 minutos depois foi encontrada sem vida no depósito de materiais esportivos do colégio.