Pedro Eurico diz que bloqueio de celular nos presídios depende de Anatel

Secretário afirma que atuação de presos no crime organizado sempre existiu
Margarette Andrea
Publicado em 01/06/2018 às 8:34
Secretário afirma que atuação de presos no crime organizado sempre existiu Foto: JC Imagem


O secretário de Justiça e Direitos Humanos de Pernambuco, Pedro Eurico, afirma que o Estado vem investindo na contratação de agentes penitenciários, tecnologia e abertura de novas vagas no sistema, questões que podem ajudar a impedir que os presos continuem no comando do crime sob a tutela do Estado. “Mas a solução está nas mãos da Anatel, que precisa autorizar a instalação de bloqueadores de celular nas unidades”, justifica.

O secretário – que já foi investigado por declarar que deu o número de seu celular para os presos ligarem a cobrar para fazer denúncias – cita as muitas apreensões realizadas no sistema, mas diz não se alegrar com elas. “Mas o ilícito existe. No caso do Complexo do Curado, há casas de segundo andar a cinco metros do muro. Como impedir o arremesso de celulares, armas e drogas?”, questiona.

“Essa ligação de detentos com o crime organizado não é novidade, só estamos vendo mais porque está sendo mais combatido, com escutas, com tecnologia”, minimiza Eurico. Segundo ele, sempre que possível esse tipo de detento é encaminhado a presídio federal.

DEFASAGEM

Sobre a defasagem de agentes, o secretário explica que foram abertas 500 vagas para o cargo, sendo que 340 aprovados em concurso foram convocados e deverão entrar em atuação até o final do ano, não havendo data para novas contratações. “Não é o número ideal, mas não inviabiliza o sistema”, assegura.

Quanto à superlotação, o gestor salienta que Igarassu, no Grande Recife, vai receber um novo pavilhão com 500 vagas e o Presídio de Palmares, na Zona da Mata, vai passar de 79 para 532 vagas. “Um dos pavilhões de Itaquitinga também vai se transformar em unidade de segurança máxima, com 500 vagas.”

O gestor afirma que todos os novos espaços terão sistema de segurança mais avançado. Alega que os presos não são separados por periculosidade devido à superlotação. E assegura que a maioria das guaritas das unidades funciona, pois é prioridade do governo.

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