Morador da zona rural de Gravatá morre com suspeita de meningite meningocócica

Caso a suspeita seja confirmada, esta será a primeira morte pela doença no ano de 2019 em Pernambuco
JC Online
Publicado em 16/01/2019 às 18:30
Caso a suspeita seja confirmada, esta será a primeira morte pela doença no ano de 2019 em Pernambuco Foto: Foto: Divulgação/ Prefeitura de Gravatá


Um morador da zona rural de Gravatá, Agreste de Pernambuco, morreu no dia 6 de janeiro deste ano com suspeita de meningite meningocócica. De acordo com a coordenadora do Núcleo de Epidemiologia de Gravatá, Aline Lima, o homem de 43 anos deu entrada no Hospital Municipal Doutor Paulo da Veiga dois dias antes de falecer, no dia 4, apresentando febre alta, vômitos e rigidez na nuca.

Após dar entrada no hospital municipal, o homem foi transferido para o Hospital Correia Picanço, que é especializado neste tipo de doença, localizado no bairro da Tamarineira, Zona Norte do Recife, mas não resistiu. Caso seja confirmada, esta será a primeira morte pela doença no ano de 2019 em Pernambuco.

Segundo a coordenadora, o paciente tinha o sistema imunológico comprometido devido a problemas cardíacos. Familiares do homem e funcionários da unidade de saúde que tiveram contato antes e durante a infecção precisaram tomar a medicação profilática para prevenir a doença.

De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES), foram notificados 42 casos da doença, 28 confirmados e quatro óbitos em 2018. A secretaria informou que está investigando o caso.

"A doença meningocócica pode ocorrer durante qualquer período do ano. O papel do profissional de saúde é detectar precocemente um caso suspeito para que as ações de assistência ao paciente sejam tomadas. Além disso, há medidas profiláticas que devem ser adotadas para as pessoas que tiveram contato mais próximo com o caso suspeito, prevenindo, assim, possíveis surtos", explicou o diretor geral de Controle de Doenças Transmissíveis da SES, Geore Dimech.

Outro caso investigado

A Secretaria Municipal de Saúde informou que uma mulher de 42 anos foi atendida no dia 9 de janeiro em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Caruaru, também no Agreste do Estado, apresentando febre, dor de cabeça, vômitos e rigidez na nuca. Ela também foi encaminhada para o Hospital Correia Picanço. Sete pessoas da família da paciente, incluindo duas crianças, que tiveram contato com ela tomaram a medicação profilática de maneira preventiva.

Vacina disponível

A vacina contra meningite C é ofertada diariamente nos postos de saúde que possuem sala de vacina. Nos três e cinco primeiros meses de vida da criança a vacina meningocócica deve ser aplicada. O reforço é feito aos 12 meses. Para os que não receberam o reforço aos 12, a vacina poderá ser administrada até os quatro anos de idade. Outro reforço em dose única deverá ser feito para o público de 11 a 14 anos que não possui histórico vacinal.

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