Missa de sétimo dia em memória de promotor assassinado será celebrada neste domingo

A missa foi marcada por familiares da noiva, já que o promotor não tem parentes na região
Do JC Online
Publicado em 19/10/2013 às 20:42
A missa foi marcada por familiares da noiva, já que o promotor não tem parentes na região Foto: Foto: Guga Matos/JC Imagem


A Capela de São Sebastião, na cidade de Águas Belas, no Agreste Meridional pernambucano, foi o local escolhido para a celebração da missa de sétimo dia do promotor Thiago Faria Soares, 36 anos, executado friamente a tiros de espingarda calibre 12, dia 14, na PE-300. A missa acontecerá neste domingo (20), às 10h, e contará com a participação da noiva do promotor, a advogada Mysheva Freire Ferrão Martins. A missa foi marcada por familiares da noiva, já que o promotor não tem parentes na região. Ele era natural do Rio de Janeiro, onde reside sua mãe.

A missa terá duração de 1h e será celebrada pelo padre Evandro da Silva, um dos três representantes da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição na cidade. “Águas Belas é tradicionalmente um município muito religioso, com um povo de muita fé. E a família da noiva do promotor também é muito religiosa e sabe da importância das orações numa missa de sétimo dia de morte para elevar a alma do falecido”, explicou o sacristão Renato Souza.

A Capela de São Sebastião é a segunda igreja do município de Águas Belas. A missa não será celebrada na Matriz de Nossa Senhora da Conceição, a principal da cidade, porque a igreja está em reforma. Apesar do silêncio e da desconfiança da maioria dos moradores em relação ao assassinato de Thiago Faria, a expectativa é de que muitas pessoas compareçam à missa, principalmente familiares da noiva do promotor, que era titular de Itaíba, município distante 35 quilômetros de Águas Belas, e para onde Thiago Faria se dirigia, ao lado da noiva e de um tio dela, quando foi executado.

INVESTIGAÇÃO - Seguindo a proposta de não descartar qualquer linha de investigação, a Polícia Civil vai ouvir, na segunda-feira (21), o depoimento do último ex-namorado da advogada Mysheva Martins, antes de ela começar a namorar e noivar com o promotor Thiago Faria. O empresário Glécio Oliveira, 34 anos, proprietário de uma rede de planos de assistência funerária nas cidades de Manari, Arcoverde (Sertão de Pernambuco) e Caruaru (Agreste), teria tido um relacionamento amoroso com Mysheva por quase dois anos e, segundo informações repassadas extraoficialmente à polícia, teria emprestado R$ 100 mil para a advogada arrematar em leilão os 25 hectares dos 1.800 que compõem a Fazenda Nova. A propriedade é alvo de disputa há oito anos entre as famílias da advogada e dos acusados de serem os assassinos do promotor: o fazendeiro José Maria Pedro Rosendo Barbosa, o Zé Maria de Mané Pedo (suposto mandante, ainda foragido), e o agricultor Edmacy Ubirajara (suposto executor), preso desde terça-feira.

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