Quatro internos da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) do Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife, prestaram depoimento na manhã desta quarta-feira (11), na sede do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), na Imbiribeira, Zona Sul do Recife. A unidade foi alvo de uma rebelião na noite de terça (10) que acabou com três mortos. De acordo com a delegada Gleide Ângelo, eles foram autuados por dano ao patrimônio público e seguiram para o Centro de Triagem (Cotel), em Abreu e Lima.
O presidente da Funase, Alberto Vinícius destacou que o caso não ficará impune. "É lamentável o que aconteceu, mas vamos investigar para punir os responsáveis", declarou em entrevista à Rádio Jornal.
O tumulto começou por volta das 17h no Pavilhão A, conhecido como Ala de Segurança, onde ficam os jovens que cometeram infrações mais graves. Os internos dizem que estão insatisfeitos com a atual administração. Três agentes socioeducativos foram feitos reféns durante três horas. A diretora Suzete Lúcio assumiu o comando em novembro do ano passado, no lugar do coronel Leandro da Silva.
As três vítimas fatais eram reeducandos. Dois foram carbonizados (e um deles ainda foi decapitado) e outro faleceu por asfixia, segundo o Instituto de Criminalística (IC).
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O Governo do Estado se comprometeu a prestar esclarecimentos sobre o caso nesta quarta (12), às 15h. Estarão na coletiva, cujo local ainda não foi informado, a secretária da Criança e Juventude, Raquel Lira, o secretário da Casa Civil, Tadeu Alencar, e o presidente da Funase, Alberto Vinícius.